Estudantes da rede estadual de ensino iniciaram a contagem regressiva para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A quatro meses das provas, além de uma série de atividades realizadas pelas escolas, entre oficinas, simulados, aulões e rodas de conversa, eles contam com o apoio dos professores para a maratona de dez horas de aplicação das questões. São dicas para que os futuros vestibulandos direcionem o tempo de estudo da melhor forma, visando o sucesso nos resultados e ingresso na universidade. Entre elas, duas valem para todos: prática de esportes e noites restauradoras de sono.
O professor de Matemática, Caio Abreu, do Centro Territorial de Educação Profissional (CETEP) Sertão Forte, de Euclides da Cunha, está otimista com relação ao desempenho das sete turmas que estão sob sua responsabilidade. “Os alunos são orientados desde o tempo ideal para a resolução de cada uma das 90 questões, que é de três minutos, como também a priorizar a resposta, iniciando pelas de menor dificuldade. Assim, quando chegarem nas mais complexas, o cérebro já estará mais ativo”, afirma.
Ele alerta sobre o uso das questões interdisciplinares, que reúnem conceitos de duas ou mais matérias em uma mesma pergunta. “Os estudantes têm que estar atentos à interpretação de texto porque, muitas vezes, os problemas matemáticos estão inseridos em uma questão que também requer conhecimentos de outras disciplinas”, explica. Outra dica é refazer as provas dos exames anteriores, listando os assuntos mais recorrentes, além de manter os exercícios práticos em dia. Responder questões sobre a matéria estudada possibilita a análise do desempenho em cada disciplina.
Quem tem medo da redação?
Para a maioria dos candidatos a uma vaga na universidade, a redação do ENEM é um dos principais pontos de preocupação. A insegurança se deve ao mistério com relação ao tema, que só é revelado na hora da prova, assim como ao peso da nota, que pode aumentar ou diminuir, significativamente, a posição dos alunos no processo de seleção.
“Muitos chegam com medo da escrita, até mesmo travados, mas quando começam a escrever vão ganhando mais segurança e percebem que a redação não é nenhum bicho de sete cabeças”, afirma a professora Edivania Barros, responsável pela Oficina de Redação, no Colégio Raphael Serravalle, na Pituba, e pelo projeto Vem, ENEM – Laboratório de Redação, do Centro Juvenil de Ciência e Cultura (CJCC) de Salvador, que funciona no Colégio Central.
Com cerca de 180 alunos sob seus cuidados, a professora procura alertá-los, em sala de aula, sobre as cinco competências cobradas e avaliadas pelos organizadores da prova, entre elas o domínio da escrita formal da Língua Portuguesa; a compreensão da proposta da redação e a seleção e organização das informações.
Ela revela ainda que, além de explorar temas já utilizados pelo ENEM em anos anteriores, na metodologia são realizadas atividades pedagógicas que seguem a lógica da gamificação. Trata-se de uma abordagem que utiliza elementos de jogos em atividades e processos educacionais, como batalhas de argumentos ou debates regrados, para atrair o interesse do estudante na exploração de conteúdos e textos argumentativos. As informações são de assessoria.