Imagine que você desempregado, ou desempregada, e passa boa parte do seu tempo na ânsia interminável de arrumar um trabalho para melhorar um pouco as condições do dia a dia. Eis que surge uma oportunidade para trabalhar no aeroporto da sua cidade, uma importante capital, e, todo animado, ou animada, você se dirige ao local. Mas chegando lá, ao invés da entrevista de emprego, acaba trancado em uma sala para, em seguida, ser vítima de um estupro. Pois é, foi uma situação exatamente como essa que três mulheres denunciaram à Polícia Civil de Pernambuco na última semana.
Duas vítimas têm 23 anos e a terceira tem 37. Todas procuraram as autoridades da Delegacia de Boa Viagem na última sexta-feira (30), apenas um dia depois de serem estupradas dentro de uma sala do aeroporto de Recife, onde fariam uma suposta – e falsa – entrevista de emprego.
As três vítimas contaram a mesma história. Chegaram ao aeroporto e encontraram o local da suposta entrevista, uma sala localizada em terminal de carga do aeroporto. Lá chegando, foram trancadas pelo suspeito que alegou que para realizar a esperada entrevista de emprego, deveria antes fazer uma revista nas partes íntimas das vítimas. Em seguida os estupros teriam ocorrido.
De acordo com a polícia, o principal suspeito é um funcionário terceirizado da GPS Predial Sistemas de Segurança Ltda, empresa contratada para fazer a segurança dos terminais do aeroporto. Mas apesar da suspeita, não há nada confirmado. As investigações ainda estão ocorrendo e o delegado Augusto de Castro, que está à frente das mesmas, pede que outras vítimas, caso existam, entrem em contato com a polícia.
Por meio de nota, a administração do Aeroporto repudiou a conduta registrada e se prontificou a contribuir com as investigações. “As câmeras de segurança do aeroporto não captam imagens dos escritórios privados das empresas em suas dependências, mas captam imagens do terminal de cargas e estão a disposição das autoridades (…) A concessionária repudia veemente qualquer gesto de violência e assédio, e não tolera nenhum ato desse tipo”. As informações são da Revista Fórum.