Na última terça-feira (29), o presidente Lula nomeou a advogada Daniela Teixeira para o cargo de ministra do Supremo Tribunal de Justiça (STJ).
A jurista tem um longo histórico de combate à desigualdade de gênero, na luta por direitos das mulheres e contra a violência doméstica.
Em 2013, ela aguardava um julgamento no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). À época, ela estava grávida de Júlia Matos. Ela pediu prioridade para o ministro Joaquim Barbosa para atendimento prioritário.
Daniela Teixeira. Grávida de 6 meses, foi humilhada na fila de espera do CNJ por Joaquim Barbosa. Acabou tendo um parto prematuro. Graças a lei resultado de sua luta, a taxa de advogadas que desistem da profissão caiu. Hoje é a nova ministra do STJ. Os humilhados serão exaltados. pic.twitter.com/qnip87ENuR
— Nicole Briones (@nicolebriones) August 30, 2023
O juiz negou prontamente o pedido de Daniela, que aguardou por mais de seis horas para receber o resultado do processo. Ganhou a causa. Mas saiu do tribunal direto para o hospital, com fortes contrações.
Era sua filha, Júlia Matos, que nasceu prematura de seis meses de gestação. Após contar sua história, descobriu que outras advogadas também passaram por movimento similar.
Então, conquistou assinatura de diversas advogadas para conquistar direitos para as defensoras grávidas, adotantes e lactantes, como suspensão de prazos e preferência em audiências. A lei foi aprovada e transformou a vida das profissionais do direito até o dia de hoje.
Em 2017, Daniela foi premiada pela Câmara dos Deputados a maior honraria dedicada às mulheres, a Medalha Mulher Cidadã Carlota Pereira de Queirós. As informações são da Revista Fórum.