As bielorussas Nastassia Nasko e Anastasia Kuchmenko, criaram, no ano passado, a plataforma TerOnlyFans. Territorial Defense (defesa territorial) + OnlyFans. Não entendeu?
Ambas as artistas – que vendem fotos pornográficas online – criaram uma plataforma para “incentivar” a doação para o esforço de guerra ucraniana.
Assim, quem doa para a plataforma TerOnlyFans ganha um nude ou um vídeo sensual e uma parte do dinheiro vai para o Exército da Ucrânia.
Achou a ideia bizarra? De fato, é um pouco. Mas milhares de pessoas já fizeram doações, e, até o momento, eles acumulam mais de R$ 4 milhões em doações.
O serviço foi lançado no último dia 8 de março. “Foi importante para nós lançar o TerOnlyFans no dia 8 de março porque queríamos destacar que o projeto visa promover o direito da mulher de decidir de forma independente fazer o que quiser com o seu corpo”, enfatizou Nasko ao site Euronews.
Atualmente, a maioria dos participantes do site – homens e mulheres – são de origem ucraniana na diáspora ou europeus ocidentais.
Agora, o que elas querem? As artistas pressionam os legisladores ucranianos para descriminalizar a pornografia na Ucrânia e, assim, conseguir vender material pornográfico de mulheres ucranianas para auxiliar o esforço de guerra do país. Estranho.
“Acho que muitas pessoas no parlamento ucraniano apoiam a descriminalização da pornografia. Ao contrário da Duma russa, onde há muitas pessoas velhas, conservadoras e tradicionais, há agora muitos jovens políticos progressistas na Câmara”, disse Nasko.
Dados das Nações Unidas mostram que as mulheres ucranianas, tem sido mais vitimadas pela violência doméstica, sexual e abortos forçados pela condição econômica desde o início de conflito.
“A guerra na Ucrânia continua a ter um pesado impacto na vida de milhões de mulheres e crianças – desde o aumento dos riscos de violência baseada no gênero, exploração e abuso sexual até à perda de meios de subsistência cruciais e ao aumento dos níveis de pobreza. A destruição em grande escala de infraestruturas também deixou os serviços para os sobreviventes da violência, os cuidados de saúde e outras formas críticas de apoio fora do alcance de muitos”, afirma o Fundo de População das Nações Unidas. As informações são da Revista Fórum.