O estudante de 16 anos apreendido após o ataque à Escola Estadual Sapopemba, na zona leste de São Paulo, usou um revólver calibre 38 do pai no atentado cometido na manhã desta segunda-feira (23) e disparou pelas costas, à queima-roupa, na cabeça da aluna de 17 anos que morreu na ação.
Outros dois alunos foram baleados e levado para o Hospital Geral de Sapopemba. Um quarto estudante ficou ferido na mão após quebrar uma janela para fugir durante o ataque e já teve alta.
Uma câmera de segurança flagrou o momento em que a aluna é baleada na nuca, enquanto descia uma escada dentro da escola. A garota cai desacordada degraus abaixo e o autor do disparo deixa o local rapidamente. Uma funcionária da escola encontra a aluna ensanguentada no chão e sai em busca de ajuda.
O autor do atentado estudava na mesma escola e foi apreendido por policiais militares junto com a arma. Segundo a polícia, o revólver calibe 38 usado no ataque foi legalmente registrado no nome do pai do adolescente em 1994, tinha bom estado de conservação e numeração aparente.
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O adolescente teria pego a arma na casa do pai no fim de semana, quando foi visitá-lo na região ao ABC paulista — os pais dele são separados e ele morava com a mãe. O revólver estaria escondido dentro do colchão e tinha quatro munições.
Atirador sofria bullying
O atirador sofria bullying e teria avisado sobre o atentado há duas semanas, conforme alunos da unidade relataram ao Metrópoles. Os estudantes ainda disseram que seriam pelo menos quatro os autores do ataque, que também sofriam bullying. Segundo informações iniciais da PM, um suspeito está foragido.
De acordo com alunos, os supostos autores eram um aluno gay — que foi apreendido com a arma —, uma aluna lésbica e outros dois alunos que seriam tímidos e excluídos. Essas características seriam os motivos do bullying, segundo eles.
“Ele era muito zoado aqui na escola. Sofria bullying por ser gay. Duas semanas atrás, ele avisou que iria fazer esse atentado. Ninguém acreditou”, disse uma aluna ao Metrópoles. O suspeito era famoso por publicar vídeos nas redes sociais, afirmou a aluna.
Uma vizinha do atirador falou sobre o bullying que o garoto sofria. Ela também contou que ele era constantemente agredido em sala de aula. As informações são do site Metrópoles.