Realizada no município de Andaraí, a Conferência Territorial de Cultura da Chapada Diamantina contou com a presença do historiador Emílio Tapioca, de artistas locais, representantes de povos originários e do setor cultural da região chapadeira. O evento ocorreu na última quinta-feira (16), no Colégio Estadual de Tempo Integral Edgar Silva.
Com o tema ‘Cultura e Democracia em Construção na Terra da Liberdade’ , o evento foi palco para apresentações de artistas locais e palestras ministradas por profissionais do setor cultural. Na plenária da conferência, foram debatidas e aprovadas propostas voltadas para a promoção da cultura popular, assim como para o incentivo a projetos e artistas da região.
Conheça as propostas aprovadas:
• Eixo I: Fomentar a implantação dos Sistemas Municipais de Cultura através da parceria com a UPB e/ou Consórcios Municipais com a criação de um fundo territorial de cultura gerido pela Câmara Técnica do CODETER – Chapada. Formação e qualificação dos gestores, conselhos e agentes culturais municipais e capacitação destes nos projetos e editais para captação de recursos para manutenção, apoio e incentivo da cultura municipal e territorial.
• Eixo II: Criar e fomentar a execução de um projeto que promova a parceria entre os municípios e a secretaria estadual de cultura a fim de promover a criação de um calendário de formação continuada para os Conselheiros Municipais de Cultura e demais agentes culturais, utilizando da plataforma ForteCultura, com foco no intercâmbio entre todas as manifestações artísticas, culturais, religiosas e identitárias (povos originários) do Território da Chapada Diamantina, por meio dos/das seus/suas fazedores/as de cultura, de modo que atenda também, as culturas de zona rural e suas respectivas comunidades, para que haja a ampliação do protagonismo da sociedade civil e o engajamento do poder público.
• Eixo III: Fomentar, através do IPAC e do IPHAN, o tombamento, registro e memória nos municípios do território, com programa de formação, inserção da Educação Patrimonial no currículo da educação formal e monitoramento patrimonial itinerante nas 24 cidades da Chapada Diamantina, além da criação de fundo específico de fomento para preservação e salvaguarda dos bens culturais.
• Eixo IV: Promover a criação de uma política Pública Territorial de igualdade com a população em vulnerabilidade; LGBTQIAPN+; povos originários, especialmente a juventude, promovendo mais geração de renda pautada no fortalecimento de suas raízes identitárias.
2-Fomentar o apoio na Chapada Diamantina de políticas afirmativas de gênero, etnias e crenças, ampliando as ações interinstitucionais, voltadas para as áreas de cultura, turismo e meio ambiente, promovendo encontros e oficinas de formação e qualificação de forma direcionada a diversidade dos requerimentos, inclusive a formação setorial de receptivo das denúncias de violências – às pessoas com deficiência, de gênero, raça e etária.
• Eixo V: Criação de Calendário de Eventos Culturais no âmbito do território, em parceria com as gestões municipais, UPB, Secretaria de Cultura, Estado, MINC, Consórcios e Câmaras Técnicas, tornando obrigatório a contratação de artistas locais com 30% dos recursos e destinar 10% para aquisição de produtos artesanais locais e com Espaços de visibilidade e exposição da economia solidaria local, fortalecendo a atuação da lei de Cultura Viva e Pontos de Cultura no território. Por fim, contrapartida obrigatória para Formação para os agentes culturais locais.
• Eixo VI: Formação e qualificação dos agentes culturais no uso das linguagens, redes e mídias sociais digitais, bem como divulgação das ações artísticas do território. Para tanto, citamos a necessidade de: fortalecimento expansão de plataforma Rede Cultura Viva da Chapada Diamantina (cultura.chapada.ba), sendo esta uma rede colaborativa que atua na promoção e divulgação de ações culturais e grupos do território, incluindo a criação de um calendário cultural da Chapada.
Jornal da Chapada