Foi lançado neste sábado (2/12), pelo Governo da Bahia, no estande da Confederação Nacional da Industria (CNI), na Conferência das Partes na Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP28), em Dubai, o 1º Atlas do Hidrogênio Verde (H2V) do mundo. A ocasião também proporcionou a apresentação do potencial da Bahia para a produção desta forma inovadora de energia limpa a investidores internacionais. Destaca-se sua significativa capacidade de contribuição na luta contra as mudanças climáticas.
O Atlas H2V Bahia é o resultado de uma parceria entre a Secretaria do Meio Ambiente (Sema) e o SENAI/CIMATEC para a elaboração de estudos visando subsidiar a formulação de políticas públicas georreferenciadas com o intuito de viabilizar a implantação de uma economia do Hidrogênio Verde no estado da Bahia.
O anúncio do lançamento do Atlas do H2V da Bahia visa publicizar, para todos os stakeholders (financiadores, empreendedores, organizações de pesquisa e tecnologia, entidades governamentais e ambientalistas) envolvidos na promoção, fortalecimento e consolidação da cadeia produtiva do hidrogênio verde, um conjunto de informações claras e precisas, proporcionando oportunidades para estabelecer parcerias e colaborações internacionais para a produção do hidrogênio verde no Estado.
Ao lado da comitiva do Governo Estado em Dubai, o secretário da Sema, Eduardo Mendonça Sodré Martins classificou o momento como histórico. “Mais um dia histórico para a Bahia! Esse lançamento é fruto de muito trabalho e aproveito a oportunidade para parabenizar todos os envolvidos nessa grande missão que se concretiza hoje. Na realidade eu falo que se concretiza, mas é apenas o começo dessa nova jornada da Bahia como uma das pioneiras nesse mercado do Hidrogênio Verde. Continuemos focados nessa gratificante missão de impulsionar projetos ecológicos, econômicos e socioambientais por uma Bahia Mais Verde”, disse o secretário.
O hidrogênio é o elemento químico mais abundante na natureza e importante insumo na indústria em geral. Atualmente, mais de 90% do hidrogênio é obtido a partir de reforma a vapor do gás natural com emissões de carbono. Essa fonte já é utilizada há mais de um século pela indústria química (fertilizantes, metanol, entre outros) principalmente a partir do gás natural (fóssil). Com o crescimento de renováveis como solar, eólica e biomassa, além da já tradicional hidrelétrica, surge o hidrogênio verde – H2V (sem emissão de carbono), com alta densidade energética e baixo ou nulo carbono a partir dos processos de eletrólise e reforma da biomassa.
O H2V atenderá aos tradicionais mercados de fertilizantes, refino e outros usos (gases industriais e hospitalares), e a novos mercados, nos segmentos de transporte, geração elétrica, armazenamento de energia, processos industriais, transportes pesados, aviação, aquaviário, siderurgia, fertilizantes, entre outros. Possui, portanto, importante papel na estratégia para alcançar a descarbonização de indústrias que dependem do uso de combustíveis fósseis e a neutralidade climática proposta para 2050 pelo Acordo de Paris. As informações são de assessoria.