Resgatar uma bandeira de luta do movimento sindical, assim como unir a dimensão democrática e social ao aspecto ambiental é o que torna a tarifa zero, aos olhos do presidente da União Geral dos Trabalhadores da Bahia (UGT-BA), Marcelo Carvalho, a melhor saída para a crise do transporte público em Salvador. Esse é um dos temas que ele considera centrais no debate eleitoral de 2024.
O que poderia parecer um sonho, passar pela catraca sem pagar nada é realidade em mais de 80 cidades no país, tendência acentuada com a pandemia e a redução no número de passageiros e grave queda na receita. Municípios situados a maioria em São Paulo e Minas Gerais adotaram o passe livre de segunda a segunda ou nos fins de semana e feriados.
“Tarifa zero é uma bandeira que sempre defendemos. Um dos problemas crônicos de Salvador é a mobilidade urbana, o que faz com que o nosso povo passe duas horas e meia por dia para ir da casa para o trabalho, problema que será resolvido somente com o fortalecimento do metrô, criação de novas linhas e um transporte público de qualidade e gratuito”, diz Marcelo Carvalho. Desde 13 de novembro, a passagem de ônibus passou a custar R$ 5,20 na capital baiana.
Ainda sobre os impactos causados no meio ambiente pelo modelo de transporte atual, com ônibus movidos a diesel, o presidente da UGT-BA lembra que a Conferência do Clima (COP-28) foi encerrada com um acordo que prega a transição energética e o anúncio de bilhões em investimentos para países comprometidos em combater o aquecimento global. “Esses recursos podem vir a ser repassados para cidades grandes como Salvador, via governo federal, para que mudem o seu modal e substituam a frota por ônibus elétricos até 2040”, sugere. As informações são de assessoria.