Flávia Carneiro, uma das sete sobreviventes do grave acidente envolvendo um micro-ônibus e um caminhão na BR-324, acompanhou o velório da filha, Isabela Santos de Almeida, de 14 anos, deitada em uma maca, com a cabeça enfaixada na última terça-feira (9), em Jacobina. O acidente ceifou a vida de 24 pessoas e é considerado uma das maiores tragédias já ocorridas no estado.
O velório foi realizado no bar da mãe de Flávia Carneiro e avó de Isabela, Maria Eunice Gonzaga, que também morreu no grave acidente. “Antes de eu conseguir sair do ônibus, comecei a chamar por eles todos, para ver se alguém me escutava e eu tentava ajudar, mas não escutei ninguém. Chamei por todos”, contou Flávia Carneiro.
Flávia Carneiro estava na viagem com a filha Isabela Santos de Almeida, de 14 anos, a mãe Maria Eunice Gonzaga, o namorado Gleidson Santana de Andrade, o marido da mãe dela, Paulo Jesus Araújo, e a prima Ana Clara Santos Silva, de 16 anos. No entanto, apenas Flávia Carneiro e a prima Ana Clara sobreviveram à tragédia. Ambas foram socorridas e levadas para um hospital na cidade de Nova Fátima, mas já tiveram alta hospitalar.
Durante o velório, Flávia relatou que percebeu o motorista acelerar a velocidade do micro-ônibus momentos antes da colisão. “Antes da batida, eu senti o motorista correr um pouco. Percebi que ele estava correndo mais do que ele vinha, eu senti”, frisou a sobrevivente.
Emocionada, Flávia relembrou a última viagem que fez com a família, a qual ocorreu sem transtornos, e lamentou a perda de familiares no acidente. “A gente chegou lá cedo, 5h [de domingo], foi tranquilo. Todo mundo bem alegre, rindo. As meninas não conheciam a praia ainda. A gente só queria voltar em paz, mas aconteceu essa tragédia e eu perdi minha família”, contou.Jornal da Chapada com informações do portal G1.