Jair Bolsonaro, em seu governo, fez o Brasil passar quatro anos como um “pária internacional”, e o atual presidente Lula, com suas gafes, estaria tirando o brilho do Brasil no G20, grupo que reúne as maiores economias do planeta. Essas são algumas conclusões de artigo publicado pela revista britânica The Economist.
O artigo da revista fala sobre a 1ª reunião ministerial de 2024 da trilha financeira do G20, que se iniciou nesta quarta-feira (28) em São Paulo. O encontro conta com a participação de chefes de bancos centrais e ministros da Fazenda dos países-membro do grupo.
Segundo a The Economist, Lula pretende usar este ano em que o Brasil exerce a presidência temporária do G20 “para convencer o mundo de sua promessa mais repetida, de que o Brasil está de volta”.
A revista cita o Brasil como nona maior economia do mundo, e enumera alguns dos prejuízos à imagem do país junto à comunidade internacional causados durante os quatro anos do governo Bolsonaro.
“O populista de extrema-direita Jair Bolsonaro permitiu o desenvolvimento destrutivo da floresta amazônica e alinhou-se com autocratas como Vladimir Putin. Ele disse aos brasileiros para deixarem de ser um país de maricas durante a pandemia de covid-19. Ele instou-os a tomar hidroxicloroquina, um medicamento contra a malária, e especulou que as vacinas poderiam causar Aids (não causam). Bolsonaro fez poucas viagens internacionais, mesmo tendo em conta as restrições de viagens pandêmicas, e desistiu de acolher a COP25, a cimeira climática da ONU”, afirma a publicação.
Apesar de destacar a mudança de orientação na diplomacia brasileira a partir do início do governo Lula, a revista britânica faz críticas duras à postura externa do presidente brasileiro. A The Economist afirma que, apesar de um processo de cura com as relações com Ocidente, “o Brasil ainda não decidiu que tipo de país será”.
Citando as falas de Lula em relação ao conflito entre Israel e o grupo Hamas na Faixa de Gaza e os acenos ao governo Putin na Rússia, o artigo da revista sugere que os “discursos improvisados” do presidente podem colocar em xeque toda a política externa brasileira, que vem ganhando destaque nos últimos anos, particularmente, em razão do debate sobre a preservação da Amazônia.
Outro posicionamento questionado pela revista britânica é “o desejo ingênuo de Lula de parecer amigável tanto com autocratas quanto democratas”. Em seu último parágrafo, o artigo resume as desconfianças do mundo em relação ao atual governo brasileiro.
“Lula quer que o Brasil seja tudo para todos: um amigo do Ocidente e um líder do Sul Global, um defensor do meio ambiente e uma potência global em petróleo, um promotor da paz e um aliado de autocratas. O Brasil pode estar de volta, mas o papel que está desempenhando no palco mundial é mais obscuro do que deveria ser”, conclui o texto. As informações são do site Bahia Notícias.