O dólar comercial subiu para R$ 5,52 nesta quarta feira, com alta de 1,13 %. Essa é a maior cotação em mais de 2 anos e 5 meses. A última vez que ficou acima desse patamar foi em 18 de janeiro de 2022, aos R$ 5,56. Os agentes financeiros reagem às falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Em entrevista ao UOL, ele questionou a necessidade de corte de gastos públicos. Disse que o tema de contas públicas é mais forte no Brasil que em “qualquer outro país do mundo” e negou que o governo gaste demais ou que a dívida líquida seja alta.
Lula disse que os países da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) gastam, em média, 113% do PIB (Produto Interno Bruto). Citou os Estados Unidos (123% do PIB), a China (83% do PIB), o Japão (237% do PIB), a França (112% do PIB) e a Itália (137% do PIB).
“O Brasil é, efetivamente, 74% ou 75%. Hoje está em 76%. Está muito aquém dos gastos que os outros países fazem”, declarou. O presidente afirmou que o governo faz uma análise de onde tem gasto exagerado e se há pessoas que recebem dinheiro indevido, mas não leva em conta “o nervosismo do mercado”.
Lula defendeu que é necessário investimento para as políticas públicas. “O problema não é que tem que cortar [despesas]. O problema é saber se precisa efetivamente cortar ou se a gente precisa aumentar a arrecadação”, declarou o presidente.
Os contratos de juros futuros subiram na curva longa. As taxas foram de 12,23% nos contratos com vencimento em janeiro de 2032. As informações são do site Poder 360.