Uma onda de violência política, que resultou na morte de duas pessoas, tem preocupado as autoridades policiais, comprometido a segurança da população e ameaçado a integridade do processo eleitoral em Boa Vista do Tupim. Preocupado com a escalada da criminalidade no município, o prefeito Helder Lopes (PSDB), conhecido como Dinho, repudiou as ações violentas em um vídeo nas redes sociais e cobrou medidas das autoridades para garantir a tranquilidade do processo eleitoral.
Nesta segunda-feira (16), o prefeito Dinho enviou dois ofícios: um ao secretário de Segurança Pública da Bahia, Marcelo Werner, e outro à juíza eleitoral Patrícia Nogueira Rodrigues. Nos documentos, ele solicitou medidas urgentes para combater a violência no município, incluindo o aumento do efetivo da Polícia Militar, policiamento intensivo tanto na sede quanto na zona rural, e uma resposta rápida da Polícia Civil sobre os recentes assassinatos.
Os crimes ocorreram na sexta-feira (13) e no domingo (15), após a realização de eventos políticos na zona rural do município, especificamente no povoado Baixio e no Distrito Terra Boa. Informações preliminares indicam que os suspeitos são apoiadores do candidato da oposição à prefeitura de Boa Vista do Tupim, Henrique Coimbra (PSD), que ainda não se manifestou sobre o caso.
Em um vídeo divulgado nas redes sociais, o prefeito Dinho, visivelmente abalado, lamenta as mortes, expressa sua solidariedade com as famílias afetadas e clama por soluções para a violência política que se tornou uma constante no município.
Além do prefeito, o deputado estadual Vitor Azevedo, que visitou a comunidade do Baixio no final de semana, também demonstrou sua preocupação com a escalada da violência política. Ele encaminhou um ofício à Secretaria de Segurança Pública solicitando reforço no policiamento e uma investigação imediata sobre os assassinatos recentes.
“Hoje as pessoas estão com medo de fazer campanha no município, de declarar o seu voto. Esse tipo de situação é um ameaça à democracia. Não podemos permitir esse retrocesso, como se ainda vivêssemos nos tempos dos coronéis e quando a política era feita a base de bala”, destacou o deputado.
Jornal da Chapada