O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu, no último domingo (6), a anistia para os envolvidos nos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023, durante um ato realizado na Avenida Paulista, em São Paulo. O evento contou com a presença de diversas autoridades, incluindo o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, e sete governadores.
De acordo com a Folha de São Paulo, Bolsonaro chamou ao trio elétrico a mãe e a irmã de Débora Rodrigues, cabeleireira que foi presa por dois anos após pichar a estátua da Justiça durante os ataques de 8 de janeiro. Débora, atualmente ré acusada de tentativa de golpe de Estado, encontra-se em prisão domiciliar há dez dias. Bolsonaro criticou a condenação de pessoas como Débora, afirmando que não havia justificativa para a punição de uma mãe de dois filhos por um “crime impossível”.
Em seu discurso, Bolsonaro também abordou outros casos, citando um pipoqueiro e um sorveteiro que estariam sendo processados por envolvimento nos eventos de 8 de janeiro. Em inglês, o ex-presidente disse ter esperança de receber apoio de países estrangeiros.
Bolsonaro voltou a atacar o Judiciário, acusando-o de favorecer o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a campanha de 2022. Ele também mencionou a gestão de seu governo, elogiando-a de forma indireta. Em outro momento, o ex-presidente ironizou o uso do avião da Força Aérea Brasileira (FAB) por Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), durante a final do Campeonato Paulista, no fim de março.
O ex-presidente disse que, se estivesse no Brasil no dia 8 de janeiro de 2023, teria sido preso. Em tom desafiador, afirmou que não desistiria de defender sua pátria, mencionando ainda que alguns de seus opositores queriam sua morte, mas que ele continuaria lutando.
O ato deste domingo em São Paulo contou com a participação de governadores de diversos estados, como Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Romeu Zema (Novo-MG), Ratinho Jr (PSD-PR), Ronaldo Caiado (União Brasil-GO), Jorginho Mello (PL-SC), Mauro Mendes (União-MT) e Wilson Lima (União-AM). No Rio de Janeiro, alguns desses governadores também estiveram presentes. Bolsonaro fez menção a Caiado, fazendo referência a uma condenação de inelegibilidade que ele sofreu, e disse que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) teria um perfil “de isenção” para as próximas decisões eleitorais.
O ex-presidente também mencionou seu filho, Eduardo Bolsonaro, deputado licenciado pelo PL-SP, destacando suas habilidades linguísticas e contatos internacionais. Ele ainda fez elogios ao presidente de El Salvador, Nayib Bukele, e ao ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, citando a política de segurança de Bukele e uma recente decisão de Trump que afetou o Brasil. Bolsonaro também se referiu à política de Marine Le Pen, líder da ultradireita francesa, que foi condenada à inelegibilidade na França por decisão da Justiça local. As informações são do site Bahia Notícias.