Durante a 70ª Reunião Ordinária do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paraguaçu (CBHP), realizada no dia (8) no município de Utinga, o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) apresentou os avanços na elaboração do Plano de Bacia do Rio Paraguaçu. O plano é considerado uma ferramenta estratégica para orientar o uso sustentável e a recuperação dos recursos hídricos da região.
Segundo o representante do Inema, Fábio Gondim, o processo já superou a fase de diagnóstico e agora entra na etapa de prognósticos. “O plano vem trazendo muitos panoramas de como está a bacia hoje em dia. Agora estamos na fase de elaboração dos prognósticos, que são aqueles projetos futuros. Contamos com a participação de todos para construir um instrumento cada vez mais robusto que possa ser utilizado para a bacia como um todo”, afirmou Gondim. A conclusão do estudo está prevista para dezembro deste ano, com possibilidade de finalização até janeiro de 2026.
A elaboração do plano conta com ampla participação popular, sendo conduzida em parceria com o CBH Paraguaçu. O engenheiro civil Wilson Mascarenhas, membro titular do Comitê e integrante da Câmara Técnica de Planos, Programas e Projetos (CTPPP), enfatizou a importância da mobilização social. “A plenária foi fundamental para conscientizar a população sobre os resultados e expectativas de um plano de bacia. Não podemos ter um documento que fique apenas no papel. Estamos sonhando com o futuro de uma região, com a melhor condição de vida possível para os moradores e com o aproveitamento adequado dos recursos hídricos”, afirmou.
O Plano de Bacia está previsto na Política Nacional de Recursos Hídricos e define ações de curto, médio e longo prazo para a gestão integrada das águas. Iniciativas semelhantes já foram executadas em outras regiões da Bahia, como nas bacias dos rios das Contas e Salitre, gerando impactos positivos como a revitalização de nascentes, melhorias no abastecimento de comunidades e ações de monitoramento da qualidade da água.
Para o rio Paraguaçu, a expectativa é que o plano funcione como base para a definição de prioridades, investimentos e articulação de políticas públicas voltadas ao abastecimento, irrigação, saneamento e preservação ambiental em todos os municípios da bacia.
A participação social continuará sendo um dos pilares do processo, com oficinas, consultas públicas e reuniões com comunidades locais para assegurar que as ações propostas reflitam as necessidades reais da população.
Jornal da Chapada

















































