O Tribunal do Júri da Comarca de Xique-Xique condenou os réus Diego Santos Silva, Jefferson Ferreira Gomes da Silva, Ranieri Magalhães Bomfim Borges, Adeilton Souza Borges e Fernanda Lima da Silva pelo homicídio do médico Júlio César de Queiroz Teixeira, ocorrido em setembro de 2021. O julgamento, que durou dois dias, teve início em 26 de agosto de 2025, às 8h, e foi concluído no dia seguinte, 27 de agosto, às 20h20.
O crime aconteceu em 23 de setembro de 2021, quando o pediatra foi atingido a curta distância dentro de seu consultório enquanto atendia uma criança. A ação, planejada e executada de forma inesperada, impossibilitou qualquer defesa da vítima e colocou em grave risco terceiros presentes, incluindo a criança. A sentença destacou a gravidade do ato, lembrando que Júlio César era o principal provedor da família e pai de duas crianças pequenas, o que ampliou o impacto social e emocional do homicídio.
O Conselho de Sentença acolheu integralmente a tese apresentada pelo Ministério Público, reconhecendo a prática de homicídio qualificado em concurso de agentes. As penas variam entre 20 e 31 anos de reclusão, todas em regime fechado. Diego Santos Silva recebeu a maior condenação, de 31 anos e 4 meses, pelos crimes de homicídio qualificado e porte ilegal de arma de fogo. Jefferson Ferreira Gomes da Silva foi sentenciado a 26 anos e 4 meses pelos mesmos delitos. Ranieri Magalhães Bomfim Borges recebeu 20 anos, enquanto Adeilton Souza Borges e Fernanda Lima da Silva foram condenados a 21 anos cada. Todos permanecem em prisão preventiva.
Nos debates, o Ministério Público destacou a motivação torpe e fútil do crime, ligada a ciúmes, e a crueldade da execução, evidenciando desprezo pela vida e pela segurança pública. As alegações foram integralmente confirmadas pelo júri. Ao final, a Justiça determinou ainda o pagamento das custas processuais e dos honorários da defensora dativa que atuou no julgamento.
O caso foi conduzido pelos promotores de Justiça Romeu Gonsalves Coelho Filho, autor da denúncia e responsável pela sustentação em plenário, e Ariomar José Figueiredo da Silva. A sessão plenária foi presidida pela juíza Laíza Campos de Carvalho, que conduziu todos os procedimentos até a sentença final. Jornal da Chapada com informações do portal MPBA














































