A jornalista e professora universitária Stacey Patton viralizou ao publicar um forte depoimento em suas redes sociais denunciando as perseguições sofridas por ela e outros acadêmicos a partir da “Lista de Observação de Professores”, criada por Charlie Kirk, fundador da organização Turning Point USA. O texto foi divulgado após o assassinato de Kirk, ocorrido recentemente, e já conta com milhares de compartilhamentos.
“Estou na lista de alvos de Charlie Kirk”, escreveu Patton a seus 215 mil seguidores no Facebook. Segundo ela, a lista funcionava como uma ferramenta para mobilizar ataques virtuais contra professores que criticavam a ideologia defendida por Kirk e seu grupo político.
Patton afirmou que seu nome foi incluído em 2024, após um comentário que desagradou apoiadores do movimento MAGA (Make America Great Again). A partir daí, ela passou a viver uma rotina de assédio:
“Por semanas, minha caixa de entrada e meu correio de voz ficaram inundados. Homens brancos, em sua maioria, me ligavam para me xingar e ameaçar com todo tipo de violência. Eles exigiam que eu fosse demitida e chegaram a sobrecarregar os canais de atendimento da universidade onde trabalho. A situação foi tão grave que o chefe de segurança do campus me ofereceu escolta.”
Lista espalhou medo entre professores
De acordo com Patton, a lista criada por Kirk aterrorizou educadores em todo o país.
“Mulheres, professores negros, acadêmicos queer — basicamente qualquer pessoa que desafiasse a supremacia branca, a cultura das armas ou o nacionalismo cristão — se tornavam alvos de abusos coordenados”, afirmou.
Ela relatou casos em que colegas receberam ameaças de morte, perderam empregos ou abandonaram a carreira acadêmica por medo das represálias.
“Kirk nos enviou uma mensagem clara: falem a verdade e nós liberaremos a multidão contra vocês.”
Críticas ao luto nacional por Kirk
Após o assassinato de Charlie Kirk, Patton criticou a forma como o ativista tem sido retratado em homenagens públicas.
“É revoltante ver políticos e figuras públicas prestando homenagens como se ele tivesse sido um líder neutro. A verdade é que ele passou anos disseminando racismo, zombando de sobreviventes de tiroteios, atacando pessoas LGBTQIA+ e promovendo políticas que encurtam vidas.”
Ela concluiu afirmando que a violência que Kirk fomentou acabou se voltando contra ele:
“Kirk não merecia o que aconteceu, mas suas vítimas também não mereciam o inferno que ele desencadeou sobre elas. Se quisermos um futuro mais pacífico, precisamos condenar tanto a violência política quanto a retórica odiosa que o transformou em multimilionário.”
Jornal da Chapada














































