Ícone do site Jornal da Chapada

#Política: Barroso critica sanções dos EUA contra o Brasil e defende julgamento baseado em provas

Ele negou qualquer perseguição a Bolsonaro e os demais condenados | FOTO: Antônio Augusto/STF |

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, afirmou nesta quarta-feira (17) que considera injustas as sanções impostas pelos Estados Unidos contra o Brasil e ministros da Corte. As medidas foram anunciadas após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros sete aliados envolvidos em uma trama golpista.

Durante a abertura da sessão do STF, Barroso fez um pronunciamento no qual defendeu a lisura do julgamento, concluído nesta semana, e negou qualquer motivação política. Ele destacou que a decisão foi baseada em provas robustas, incluindo confissões sobre a elaboração do chamado plano “Punhal Verde Amarelo”, que previa o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes.

“É profundamente injusto punir o Brasil, os brasileiros, as empresas brasileiras, os trabalhadores brasileiros e suas empresas por uma decisão que foi amplamente baseada em provas, acompanhada por toda a imprensa internacional. Também não é justo punir os ministros, que, com coragem e independência, cumpriram o seu papel”, afirmou Barroso.

O ministro também negou qualquer tipo de perseguição a Bolsonaro e aos demais condenados. “Não existe caça às bruxas ou perseguições políticas. Tudo o que foi feito baseou-se em provas”, declarou.

Barroso reforçou ainda que mantém vínculos pessoais com os Estados Unidos, país onde morou e estudou, e apelou para que as relações entre as nações sejam retomadas em um clima de diálogo. “Esse é um chamamento ao diálogo e à compreensão, pelo bem dos nossos países, de uma longa amizade e da justiça”, concluiu, defendendo que o Brasil possa “virar a página” e seguir em frente com paz e tranquilidade.

Jornal da Chapada

Sair da versão mobile