Sob o sol forte do sudeste do México, moradores de Pomuch, um vilarejo de cerca de 9,6 mil habitantes no estado de Campeche, mantêm viva uma das tradições mais singulares do país: limpar os ossos de seus familiares antes do Dia dos Mortos.
O ritual, que mistura elementos maias e católicos, consiste em retirar os restos das pequenas caixas onde ficam guardados, limpá-los com cuidado e cobri-los com um pano branco novo, trocado anualmente.

Durante o processo, as famílias conversam com os mortos, relembrando histórias e reforçando os laços espirituais com aqueles que partiram. É uma tradição passada de geração em geração, símbolo de respeito e continuidade.
Para muitos moradores, essa prática é uma forma de receber e homenagear os falecidos, que, segundo a crença popular, retornam nos dias 1º e 2 de novembro para visitar os vivos.
Mais do que uma celebração da morte, a tradição de Pomuch é um ato de amor, memória e pertencimento cultural, que expressa a profunda relação entre vida, morte e espiritualidade na cultura mexicana.
Jornal da Chapada














































