A segunda edição do Festival Internacional Capão in Blues começou no Vale do Capão com a energia que reafirma a Chapada Diamantina como palco de experiências únicas. Na noite da última quinta-feira (20), feriado da Consciência Negra, moradores e turistas de diversas regiões lotaram a praça da vila para acompanhar a abertura do evento. Mesmo com chuva e frio, o público manteve o clima de celebração, marcando o festival como uma experiência comunitária que une música, território e cultura.
A primeira artista a subir ao palco em 2025 foi a multiartista chapadense Calu Manhães, acompanhada pelo Candombá Blues Dab (CBD). A apresentação destacou a fusão entre raízes brasileiras e o blues, traduzindo a identidade sonora do território. “Nunca tava muito dentro do blues, então eu mergulhei mesmo dentro desse universo. Recentemente tive até nos Estados Unidos, onde nasceu o blues… então trazer toda essa referência nesse dia, que é o dia da Consciência Negra, é uma honra também estar aqui representando isso”, afirma a artista.
Na sequência, a norte-americana Alma Thomas, ao lado da pernambucana Uptown Band, trouxe ao festival a força do blues contemporâneo. “Conheço o Giovanni e a Adriana há muito tempo… e também é a segunda vez no Capão in Blues. Então eu estou muito feliz, muito agradecida a Eric Asmar, que aposta no nosso trabalho”, disse.
A vocalista da banda, Adriana Papalelo, celebrou a estreia no festival: “Para a gente é uma honra, um prazer, estar tocando pela primeira vez aqui no Capão in Blues, trazendo um pouquinho do blues pernambucano”. O produtor e baterista Giovanni Papaleo reforçou a recepção calorosa: “A gente vai levar muitas lembranças e uma vontade grande de voltar”.
O encerramento da primeira noite foi marcado pela apresentação histórica de Rosa Marya Colin, que, prestes a completar 80 anos, emocionou o público ao lado do gaitista Jefferson Gonçalves. “O festival já está dando certo, uma mistura de música de qualidade, grupos, jazz, o Capão tem essa energia. Então é muito bom voltar”, destacou Jefferson. Rosa também celebrou o retorno: “Eu estou muito feliz de estar aqui no meio do Capão, fazendo um festival de blues… Hoje São Pedro abençoou com uma chuva linda, um show maravilhoso”.
Fortalecimento do turismo e da economia
Entre os realizadores, o clima também foi de celebração. O empresário Ildázio Tavares Jr. ressaltou a expansão do projeto desde sua concepção. “Estou muito feliz por ter começado com duas mãos e hoje temos 300 mãos trabalhando… Enquanto criador, sou muito feliz com isso e tenho certeza que vem o ano 3, 4, 5”, afirma.
Para o guitarrista, pesquisador e curador Eric Assmar, a resposta do público confirma a força da proposta. “Mesmo com chuva, o pessoal não deixou de comparecer… O blues de Rosa Maria Collin no encerramento foi um momento emocionante para todo mundo”, destaca.
A programação gratuita e integrada à paisagem da Chapada Diamantina cresceu 50% em relação ao primeiro ano, fortalecendo a economia criativa, ampliando o turismo sustentável e consolidando o Vale do Capão como polo cultural. A edição 2025 conta com apoio da Dax Oil, Prefeitura de Palmeiras, Secretaria de Turismo da Bahia, além do patrocínio do Governo do Estado por meio do Fazcultura. O festival é realizado pelo Grupo A Tarde, A Tarde FM e Viramundo Produções, com produção executiva da Trevo Produções.
Além da força artística da noite inaugural, o Capão in Blues também movimentou de forma expressiva a cidade. O festival fortaleceu a economia local, ampliou o fluxo turístico, estimulou bares, restaurantes e pousadas, além de reforçar o papel da cultura como vetor de desenvolvimento. O impacto positivo no comércio e na dinâmica social do município confirma o festival como um dos eventos mais importantes do calendário cultural da região. As informações são de assessoria.














































