Classificado como pai da mobilidade urbana pelo próprio governador Jaques Wagner, o secretário da Casa Civil, Rui Costa, pré-candidato ao governo do estado, embora considere o título como “uma generosidade do governador”, mas não nega que reuniu sua equipe para priorizar o metrô e comemora o êxito, bem como assegura entrega de importantes obras no primeiro semestre deste ano. “Eu cheguei com essa determinação do governador e nós tivemos, graças a Deus, êxito”. Ficam prontas, conforme ele, as intervenções em curso na Paralela (Av. Pinto de Aguiar, os viadutos do Imbuí, os viadutos de Narandiba, o acesso à estrada de Curralinho, que vai ligar a Luis Eduardo ao Curralinho, no Stiep, a alça de ligação da BR-324 à Av. Luis Eduardo Magalhães).
Ainda, na primeira quinzena de março, terão início os corredores da Orlando Gomes, 29 de Março, Gal Costa e ligação Lobato – Pirajá. “Nós vamos também ter em 2014 o VLT do Subúrbio funcionando”. Quando o assunto foi sua popularidade, destacou apostar em seu potencial à medida que as pessoas passem a conhecê-lo e, por tabela, alfinetou os adversários. “O inverso eu digo para quem é bastante conhecido e tem grau de rejeição grande. Essas pessoas, sim, em minha opinião, precisam se preocupar porque elas não têm uma imagem a ser apresentada, elas já apresentaram sua imagem ao público e o público não gostou do que viu. Eu, pelo menos, tenho o benefício da dúvida. As pessoas não me conhecem, vão passar a me conhecer, e eu tenho convicção de que, pela força do projeto, nós vamos nos afirmar em 2014”.
Tribuna da Bahia: Secretário, último ano do governo Wagner. O que não foi feito, que na visão do senhor deve ser colocado como prioridade?
Rui Costa: O último ano é de materializar, de concluir os projetos que foram iniciados. Nem tudo é concluído, por exemplo, a ponte. Você não vai concluir a obra, vai concluir o projeto e, com o projeto em mãos, a obra vai ser licitada. É o momento de concluir projetos ou obras para que, em um novo governo, aquilo que foi pensado, planejado ou, eventualmente, já esteja em obras, seja alavancado.
Tribuna: Aponte cinco grandes projetos que o senhor acredita que vai marcar o final da gestão do governador Wagner?
Rui Costa: Projetos nós temos na área de saúde, a rede hospitalar construída. Temos o HGE 2, que é mais um hospital, o hospital de Seabra, tem mais o hospital da região sul, em Ilhéus, estamos construindo o novo hospital para substituir o Couto Maia. Estamos falando de sete ou oito novos hospitais. A rede hospitalar é uma marca. As obras de mobilidade urbana, que têm como carro-chefe o metrô, as vias de Salvador e o VLT.
Três, eu diria, a mudança logística do Estado. Há uma mudança do perfil da infraestrutura logística com rodovias, ferrovia e o porto. Esse tripé junto com novos aeroportos. O foco na logística do Estado marcará os oito anos do governo Wagner, se constituindo na maior marca. Eu posso afirmar que nenhum governo, na Bahia, fez tanto em oito anos quanto o governo Wagner nessas três áreas.
Ficará também a marca na área de saneamento. O investimento em água e esgoto passará de oito bilhões de reais. Três milhões e meio de baianos que não tinham acesso a água potável passaram a ter, dois milhões de baianos passaram a ter as residências ligadas à rede de esgoto. Essa é outra marca que posso afirmar que nenhum outro governo beneficiou tanto quanto o governo Wagner. Eu entendo que não é uma obra, mas uma marca. O governo mudou o padrão de relação do Estado com a sociedade civil, com o poder político local, com as prefeituras, com a assembleia legislativa e com os outros poderes. Há uma mudança completa do paradigma anterior com o que existe hoje. Foi deixada no passado, como parte da história da Bahia, a forma antiga de relacionamento com os outros poderes, instituindo uma relação democrática, republicana, de respeito aos poderes constituídos, uma relação que busca harmonia, guardando a autonomia de cada poder. Autonomia pelo diálogo e não pela força.