A hotelaria de Salvador apresentou em fevereiro uma taxa média de ocupação de 58,19% e diária média de R$ 242,11, resultando em um Revpar (indicador ponderado da diária e ocupação) de 140,88. Comparando-se com o desempenho do mesmo período do ano anterior, verifica-se que a taxa de ocupação sofreu ligeiro acréscimo (passando de 55,93% em fevereiro de 2013 para 58,10% em fevereiro de 2014), embora ainda tenha se mantido em patamares bastante baixos, considerando ser fevereiro um período de alta estação. Enquanto o decréscimo de 23,3% na diária média – que passou de R$ 315,79 em fevereiro de 2013 para R$ 242,11 em fevereiro de 2014 – se deveu, sobretudo, ao fato de que o período de carnaval passou de fevereiro para março entre 2013 e 2014.
“Os indicadores de desempenho da hotelaria continuaram baixos, apesar de fevereiro ser um mês de pleno verão. Até mesmo a notícia divulgada recentemente no sentido de que Salvador estaria apresentando o maior aumento da diária média nos dias dos jogos da Copa se justifica muito mais porque a base de comparação é deprimida – ou seja, a diária normal de Salvador é uma das mais baixas entre as cidades-sede – e não porque suas diárias estejam muito acima das demais nos 4 dias de jogo”, pondera Manolo Garrido, Presidente da Abih-Ba.
Estes resultados são fruto da Pesquisa Conjuntural de Desempenho (Taxinfo), realizada em parceria entre a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis – seções Bahia e Brasil. Em Salvador, participam da pesquisa uma amostra de 26 grandes e médios hotéis, que oferecem 3.600 apartamentos, o que corresponde a cerca de 18% do total (20 mil apartamentos ou 40 mil leitos, segundo a Pesquisa de Serviços de Hospedagem de 2011 do IBGE). Os dados são fornecidos mensalmente pelos próprios hotéis ao Portal Cesta Competitiva e a média resultante constitui indicador para avaliar a evolução da atividade de hospedagem na capital baiana.
COMPARATIVO COM OUTRAS CAPITAIS
Comparando-se os dados de Salvador com igual levantamento realizado em outras capitais em fevereiro deste ano, observa-se que a taxa de ocupação de Salvador (58,19%) situou-se abaixo da verificada em Aracaju (69,27%), Belo Horizonte (60,65%), Fortaleza (77,31%), Vitória (66,12%) e Maceió (80,08%), ficando acima apenas da de Foz de Iguaçu (57,42%) e Curitiba (55,33%).
No que diz respeito à diária, o valor médio cobrado na capital baiana em fevereiro (R$ 242,11) foi uma das mais altas dentre as capitais pesquisadas, ficando acima da média de Aracaju (R$ 220,45), Curitiba (R$ 176,43), Fortaleza (R$ 210,27), Foz de Iguaçu (R$ 185,60), Maceió (R$ 237,99) e Vitória (R$212,50), mas ficando abaixo da média cobrada em Belo Horizonte (R$ 246,80).
A informação da capital mineira refere-se à média apresentada por 31 hotéis, que oferecem 3.571 quartos (26,7% do total) enquanto os de Aracaju se referem a 9 hotéis com 1.042 quartos (22,7% do total da cidade), 9 hotéis em Maceió, 8 em Fortaleza e 23 hotéis em Vitória (2.817 quartos).