O governador Jaques Wagner (PT) acredita que a agrura com o deputado estadual Marcelo Nilo (PDT) já está resolvida, mesmo após o presidente da Assembleia Legislativa, alijado da chapa majoritária, barrar o projeto de antecipação dos royalties do petróleo para o Fundo de Previdência (Funprev). Nesta segunda-feira (31), durante a cerimônia de devolução dos mandatos dos parlamentares cassados na época da ditadura militar, os dois trocaram sorrisos, conversaram e, ao microfone, se chamaram mutuamente de “querido amigo”.
Perguntado pelo site Bahia Notícias se a relação estava abalada, Nilo disse que “tudo está bem”. “Sempre esteve. Pessoalmente sempre esteve. Politicamente é que houve uns ruidozinhos”, ponderou o pedetista. “Só não posso beijá-lo porque não é do nosso feitio”, completou Wagner, ao justificar à imprensa presente ao evento: “Acho que Marcelo hoje, dentro da Bahia, é um ser maior, do ponto de vista da política. Não é todo mundo que tem a trajetória que ele tem: o deputado mais longevo de oposição e, ao mesmo tempo, o presidente mais longevo dentro da democracia”.
Sobre a possibilidade de aliança com o PDT, o chefe do Executivo baiano se disse “otimista”, apesar da insatisfação do partido aliado. “Digo sempre que o incidente tem muito mais gesto positivo do que negativo. Nessa relação, o volume do que a gente fez junto positivo é infinitamente muito maior do que uma trinca”, minimizou o governador. Elogios à parte, a cerimônia, presidida por Nilo, teve início às 9h40, sem esperar por Wagner, que chegou 10 minutos mais tarde. Extraído do Bahia Notícias.