O deputado federal Mário Negromonte (PP-BA) foi eleito conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) pelos parlamentares da Assembleia Legislativa na noite da quarta-feira (28). A escolha foi feita por 47 deputados, em votos secretos. Estiveram ausentes e se abstiveram de votar Maria Luiza Orge (PSC) e Ângela Sousa (PSD). Onze votaram contra, dois em branco e um nulo. Os deputados ainda irão apreciar, nesta quarta, as indicações dos nomes da situação, o federal Zezéu Ribeiro (PT-BA), e da oposição, o estadual Carlos Gaban (DEM), para mais um cargo de conselheiro no TCE, no lugar de Zilton Rocha.
A sessão chegou a ser suspensa por 20 minutos para que fosse confeccionada uma cédula com a opção de dar o voto contrário ao pepista. Os papéis que seriam submetidos à apreciação teriam apenas a alternativa “sim” e “branco”, no mesmo sistema que elegeu, mais cedo, o deputado João Bonfim (PDT) para outra vaga na Corte estadual (TCE). No entanto, após pedido do oposicionista Targino Machado (DEM), o presidente da Casa, Marcelo Nilo (PDT), resolveu solicitar a alteração.
O democrata havia discursado, antes da abertura da votação, contra a indicação do pepista para o cargo, ao argumentar a necessidade de “conduta ilibada” ao posto e citar a suspeita de relação do parlamentar com o doleiro Alberto Youssef. Em seguida, o filho do deputado federal, o estadual Mário Negromonte Jr. (PP), saiu em defesa do pai.
A possível proximidade do novo conselheiro do TCM com Youssef foi apontada em reportagem da Revista Veja, que mostra um suposto esquema de “pedágio” cobrado a empresários que quisessem vender produtos ou prestar serviços à Petrobras, também com suspeita de participação do deputado federal Luiz Argôlo (SDD). Segundo a publicação, o irmão do ex-ministro das Cidades, Adarico Negromonte, teria se beneficiado com a negociata. Mário Negromonte já negou o envolvimento com o doleiro e o favorecimento do parente. Extraído do Bahia Notícias.