Durante a Sessão Ordinária desta segunda-feira (2), na Assembleia Legislativa da Bahia, o deputado Carlos Gaban (DEM) defendeu o voto aberto na Casa, conforme prevê a PEC 126, que tramita desde 2012. Em seu pronunciamento na Tribuna, Gaban lembrou do “triste episódio”, ocorrido na última quarta (28) na eleição do deputado federal Zézeu Ribeiro para o Tribunal de Contas do Estado, onde, segundo ele, “os parlamentares do governo foram coagidos a votarem no candidato da base governista e ainda fotografarem o voto, como comprovação, infringindo inclusive a lei eleitoral, que proíbe o uso de celulares com câmera na cabine de eleição”. “Uma vergonha para o Poder Legislativo. A Assembleia não precisaria passar por esse vexame, não precisaria submeter os nossos deputados ao constrangimento de serem forçados a fotografar um voto. Seria muito mais decente se o voto fosse aberto, conforme a proposta que circula na Casa”, disse o democrata.
Como forma de protesto à situação classificada pelo parlamentar como vexatória, Gaban preferiu se ausentar após o voto. “Graças a Deus, na hora que eu vi os deputados tirando as fotos da cabine e os flashes aparecendo, cumpri meu dever, votei, e fui para casa. De casa eu vi a vergonha que estava acontecendo aqui na Assembleia”, lembrou o parlamentar. Para ele, o escândalo foi um dos mais tristes que já aconteceu no Poder Legislativo. “Triste dia, triste comportamento de um presidente de um poder. O poder legislativo tem que ser o espelho da sociedade. O espelho no bom sentido e não desrespeitando a lei. Será que é isso que se espera de um poder legislativo? Não! E a Casa ficou “lamiada” e envergonhada”, completou. O líder do Democratas aproveitou também para agradecer aos 17 deputados da base do governo, que votaram nele, e aos 28 no total. “Agradeço aos deputados que me deram o voto e entenderam o recado, de que a prerrogativa do legislativo não pode ser desrespeitada”, ressaltou.