O escritor e dramaturgo Ariano Suassuna, de 87 anos, morreu nesta quarta-feira (23), segundo informações da TV Globo. Ele estava internado em Recife após sofrer um AVC no início da semana. Em agosto do ano passado, ele já havia sofrido um infarto do miocárdio e um aneurisma cerebral. Autor de obras como “O Auto da Compadecida”, “Uma mulher vestida de sol” e “Romance da Pedra do Reino”, Ariano Suassuna foi o idealizador do Movimento Armorial, na década de 1970 – arte erudita a partir de elementos da cultura popular nordestina em todas as áreas música, dança, artes plásticas.
Ele foi membro da Academia Brasileira de Letras (ABL). Suassuna deu aula-espetáculo na sexta-feira, em Garanhuns, no agreste pernambucano, dentro da programação do Festival de Inverno da cidade, quando falou sobre o compositor pernambucano Lourenço da Fonseca Barbosa, o Capiba (1904-1997), autor de frevos consagrados. Suassuna foi secretário estadual de Cultura no período 1994-1998, durante o governo de Miguel Arraes (1916-2005) e assumiu o mesmo cargo, como secretário especial no primeiro mandato do governo Eduardo Campos (PSB), neto de Arraes, em 2007.
Seu foco sempre foi o da valorização da cultura popular, posicionando-se também contra qualquer estrangeirismo da língua portuguesa. Engajado na campanha presidencial de Campos, esteve presente no lançamento da sua candidatura em Brasília e participou, no dia sete, de um encontro da militância do candidato, no Paço Alfândega, no Recife. Extraído do jornal Correio.