Tudo indica que se Rui Costa (PT) for eleito governador da Bahia não deverá ter fortes dores de cabeça como Jaques Wagner (PT) teve em 2007, quando assumiu o Executivo com a saída de Paulo Souto (DEM) naquele período. Contudo, se o pleito for favorável ao democrata, com o equilíbrio dos nomes, poderá administrar sua força na Assembleia Legislativa. Para o especialista Ari Carlos, do Instituto Séculos, das 63 cadeiras, o atual governo, com a base de coalização partidária, deverá eleger em média 26 postulantes. Já a chapa de oposição ficaria com a fatia de 23, um número tanto equilibrado. Os concorrentes ligados a Lídice da Mata (PSB) da aliança PSB/PSL podem emplacar de três a cinco, o PCdoB, três e os partidos nanicos, quatro. Esses últimos, historicamente, estiveram ligados ao atual governo. Contudo, sobram duas vagas que se desenrolam até domingo (5).
A situação é diferente de 2010, quando Wagner havia firmado um rolo compressor. Na época, além de eleger os dois senadores e a maior fatia da Câmara Federal, conseguiu ter 49 deputados como aliados contra 16 da oposição. Entre as possíveis apostas estão os petistas Zé Neto, Rosemberg Pinto, Fátima Nunes e Zé Raimundo. Outros favoritos são Joseildo Ramos, Paulo Rangel, Luiza Maia e Neusa Cadore. Já aqueles que terão dificuldades, mas podem garantir uma cadeira são J. Carlos, Marcelino Galos, Bira Corôa e Carlos Brasieliro. Dos novatos, as apostas podem ser Jonas Paulo ou Luiz Carlos Suíca.
O PDT deve ter seu espaço com Marcelo Nilo, Roberto Carlos e Euclides Fernandes. A briga ficou com Paulo Câmera (PDT) e a surpresa Vítor Bonfim (PDT). Pelo PP: Aderbal Caldas, Luiz Augusto e Eduardo Sales, Antônio Henrique Filho. Do PR, quem deve conquistar uma cadeira é Reinaldo Braga. O PSD pode ocupar noves cadeiras: Rogério Andrade, Mirela, Ângelo Coronel, Adolfo Menezes, Ivana Bastos, Robério Oliveira, Ubaldino e Alan Sanches, que deverá ser o mais votado da sigla. Correm por fora: Temóteo Brito e Angela Souza.
Entre os prováveis eleitos pelo PCdoB está Fabrício Falcão. Brigam pelas duas vagas restantes: Bobô, Olívia Santana, Álvaro Gomes, Kelly Magalhães, Zó e Aldenes Meira. No campo ligado a Lídice, da aliança PSB-PSL, as possibilidades giram em torno de Nelson Leal (PSL). As demais vagas que poderão ser conquistadas podem ficar com Deraldo Damasceno (PSL), Fabíola Mansur (PSB), Rodrigo Hita (PSB), Thiago Simões (PSL) e Paulo Henrique Carneiro (PSL). No campo oposicionista, o PMDB fica com cinco vagas: Bruno Reis, Pedro Tavares, Leur Lomanto Jr., Luciano Simões Filho e Herzem Gusmão. Para o analista, brigam por fora e podem surpreender: Alex da Piatã e Hildécio Meireles.
Os deputados do PSDB deverão ser Soldado Prisco – que poderá ter uma votação expressiva –, Augusto Castro e Adolfo Viana. O PRB deve eleger José de Arimatéia e Sidelvan Nóbrega. Já o PTN tem Carlos Geilson e Alex Lima. E na briga estão: Alan Castro, Anderson Muniz e Coronel Santana. Uma vaga poderá ficar com Heber Santana ou Sargento Isidório, do PSC, e PROS briga pela cadeira de David Rios. O DEM deve ter de seis a sete cadeiras: Sandro Régis, Fábio Souto, Targino Machado, Tom Araújo, Pablo Barrozo, Luciano Ribeiro. Na briga estão Luiz de Deus e Elinaldo de Camaçari. As demais vagas que sobram devem ser disputadas pelos partidos classificados como nanicos (PV, PRP, PTC, PTdoB e PPS). Disputam, segundo Ari Carlos, Jânio Natal (PRP), Jurandir Oliveira (PRP), João Rabelo (PTdoB), Marcos Viana (PV), Uziel Bueno (PV), Lucas Bocão (PTC) e Coronel Serpa (PPS). Extraído da Tribuna da Bahia.