Durante audiência da Comissão de Direitos Humanos e Segurança Pública, realizada na terça-feira (11), o deputado estadual Bira Corôa, na condição de presidente da Comissão Especial de Promoção da Igualdade, anunciou que esta também acompanhará as investigações que apuram as condições e autoria do sequestro do jovem de 16 anos, Davi Fiúza, ocorrido em 24 de outubro, em Salvador. “Precisamos combater o extermínio da juventude negra e, por isso, não podemos compactuar com este tipo de ação violenta que tem cor, sexo, idade e endereço”, declarou Bira Corôa.
Rute Fiúza, mãe da vítima relatou a violência sofrida pelo filho, além de denunciar que tem sido permanentemente vigiada por homens a bordo de um carro que circula nas proximidades de sua residência. Família acredita que o crime tenha sido cometido por policiais militares e teme represálias. Sobre a suposta participação de PMs, Bira Corôa falou da necessidade de identificar e punir policiais envolvidos em atividades criminosas. “Enquanto Estado, não podemos compactuar com essa parte da força institucional que utiliza o seu lugar na sociedade para servir ao crime”. Familiares e o advogado da família também participaram da audiência.
A Comissão de Direitos Humanos e Segurança Pública irá solicitar à Secretaria de Segurança Pública do Estado um delegado especial para apurar o caso. Outro importante resultado da audiência é a solicitação, em caráter de urgência, da inclusão da família no Programa de Proteção a Testemunha (PROVITA/BA), através da Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH).