A forte chuva que atingiu Salvador durante as primeiras horas desta sexta-feira (15) causou vários estragos e pontos de alagamento, deixando a capital em estado de alerta. Desde o fim de abril, 19 pessoas morreram na região metropolitana de Salvador em função das chuvas, levando cidades como Candeias, Lauro de Freitas e a própria capital a decretar situação de emergência. Entre as 0h de hoje e as 10h25, a Defesa Civil de Salvador recebeu 36 notificações de deslizamentos de terras. Dez pessoas ligaram para o telefone 199 para notificar ameaças de desabamento. Seis imóveis foram alagados. Também houve ocorrências relativas a ameaças de deslizamentos, quedas de árvores, infiltração e desabamento parcial. Devido à situação, a prefeitura cancelou a Feira da Cidade, marcada para este final de semana.
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Segundo o diretor-geral da Defesa Civil de Salvador, Álvaro Augusto da Silveira Filho, o volume de chuva registrado nestes primeiros 15 dias de maio é o maior dos últimos 20 anos e a previsão é que ainda chova mais. “A estimativa é que deve chover mais 100 milímetros [mm] até o final do mês. Sendo que, nestes primeiros 15 dias, o acumulado já chega a 300 mm, enquanto a média histórica mensal é 359 mm. Se continuar assim, poderemos fechar o mês com um total de quase 600 mm de precipitação”, disse Filho à Agência Brasil.
Por volta das 11h, a intensidade da chuva diminuiu, mas a previsão é que pode voltar a chover forte, principalmente no domingo. Como o solo em toda a região metropolitana de Salvador está encharcado, o risco de deslizamentos de terra é muito grande. Todos os órgãos municipais e estaduais permanecem mobilizados, em plantão permanente, e os órgãos de Defesa Civil alertam os moradores de áreas de risco das cidades mais afetadas a permanecerem atentos, abandonando suas casas a qualquer sinal de perigo.
A Defesa Civil estadual também está atenta à situação em outras regiões do estado atingidas pelas chuvas. Mas, de acordo com o superintendente da Defesa Civil da Bahia, Rodrigo Hita, a situação mais preocupante é mesmo na região metropolitana de Salvador. “Estamos articulados com as autoridades municipais e, certamente, o governo estadual ajudará no que for necessário”, disse Hita, garantindo que prefeituras e o estado vêm adotando as medidas necessárias para realocar as pessoas retiradas de áreas de risco, como o pagamento de aluguel social. Da Agência Brasil.