Após tomar conhecimento do atentado sofrido pelos indígenas da etnia Tupinambá de Olivença, o Ministério Público Federal (MPF) em Ilhéus, no dia 4 de maio, requisitou à Polícia Federal a instauração de inquérito para investigar o fato, ocorrido em área de ocupação indígena entre os municípios baianos de Una e Ilhéus. O líder indígena Adenilson da Silva Nascimento, que estava no local com sua companheira e filhos, foi baleado e não sobreviveu.
O MPF também colheu declarações e ainda pode ouvir algumas pessoas. É possível que o crime, cometido mediante emboscada, tenha relação com a disputa de terras na região, mas as investigações ainda estão em curso, ressaltam os procuradores Tiago Rabelo, Cristina Melo e Gabriel Pimenta.
Além da requisição de inquérito policial, o procurador da República Tiago Rabelo solicitou à Secretária de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social do Estado da Bahia, no dia 7 de maio, a inclusão da esposa e filhos do indígena morto, que sobreviveram ao atentado, em programas de proteção a vítimas e testemunhas adequadas às peculiaridades do caso, sob regime de urgência. Ainda não houve resposta formal do Estado sobre os termos da solicitação do MPF.”