A greve dos servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), iniciada terça-feira (7), interrompeu parcialmente os serviços do órgão. Na manhã desta segunda-feira (13), algumas agências da capital paulista estavam completamente fechadas. Em outras era possível receber os atendimentos agendados. Segundo o último balanço do Ministério da Previdência Social, 6% das 264 agências do estado de São Paulo estão totalmente paralisadas e em 13% o funcionamento é parcial. De acordo com dados do ministério, em todo país 240 agências estão totalmente paralisadas (15% do total).
Em 307, o funcionamento é parcial (19,1%). O Mato Grosso e a Bahia são os estados com maior adesão à greve. Nesses estados, 59% e 46%, respectivamente, dos locais de atendimento estão fechados. A Associação Nacional dos Servidores da Previdência Social (Anasps) estima que 80% da categoria aderiu à paralisação. Nesta terça-feira (14), a entidade deve divulgar um balanço do movimento. Os servidores reivindicam reajuste de 27,3%. Até o momento o governo ofereceu 21,3%, divididos em quatro parcelas anuais.
Na agência da Rua Coronel Xavier de Toledo, centro da capital, o portão fechado e os cartazes deixavam clara a adesão dos funcionários ao movimento. Eliane Cassiano, de 46 anos, levou uma hora e meia do Bairro Piraporinha, zona sul, até a porta da agência. “Tentei marcar perícia para meu filho. Pensei que não havia greve aqui no centro.” Eliane está preocupada com a possibilidade do filho Bruno, de 26 anos, que sofreu um acidente de moto trabalhando, não receber os benefícios a que tem direito. “Será que vai ficar muito tempo assim [de greve]?”, questionou.
No Glicério, região central, os atendimentos agendados estavam mantidos. Alguns casos, como do aposentado Flávio Bianchini, estão ficando para depois. “Quria cancelar uma aposentadoria. Isso é um atendimento que se resolve na hora, mas não fui atendido”, explicou. Auxiliar de limpeza, Guaraci Paula de Lima Gomes conseguiu ser atendida, mas estava apreensiva sobre a continuidade do processo. “Terei de marcar nova perícia sobre perícias ocupacionais. Como tá de greve, vamos ver como vai ficar. Se será rápido ou se vai demorar.”
Quem não for atendido por causa da greve terá a data remarcada. O reagendamento será feito pela própria agência. O segurado poderá confirmar a nova data pelo número de atendimento 135, um dia após o agendamento inicial. O instituto informou que considerará a data originalmente agendada como o da entrada do requerimento, de modo a evitar prejuízo financeiro nos benefícios do segurado. Da Agência Brasil.