Para marcar os 30 anos da Axé Music, o vereador Leandro Guerrilha (PSL) propõe, na Câmara de Salvador, a instituição do Dia Municipal do Axé, sugerindo como data 19 de janeiro, em homenagem ao cantor, compositor e músico Luiz Caldas, autor do primeiro sucesso do gênero musical, o “Fricote”. No projeto de Lei nº 321/15, Guerrilha diz que a comemoração deverá constar do Calendário Oficial de Eventos do Município.
“O Axé Music reinventou o Carnaval de Salvador, a identidade cultural baiana, o show business brasileiro e a cara do país para o resto do mundo. Três décadas depois de seu 1º sucesso – a música “Fricote”, de Luiz Caldas, comemoramos a história, os personagens e os hits do gênero que misturou samba, frevo, rock, reggae, merengue e tambores africanos, e consagrou uma geração de pop stars baianos que não precisaram mudar para o Rio ou São Paulo para se estabelecerem como artistas”, justificou o vereador e radialista.
Marco zero
Considerado como um gênero musical de rua, de festa, Guerrilha chama atenção para a potência da Axé Music em todos os sentidos, incluindo o número de artistas envolvidos e a qualidade desses artistas. “O Axé merece fortemente ser celebrado como uma grande conquista da produção musical, como mais uma fonte da cultura baiana. Além da inegável contribuição artística, nos produziu uma nova modalidade de economia, pautada na produção da maior festa popular do mundo, um mercado que antes da sua criação praticamente não existia”, explica.
O marco zero do movimento iniciado oficialmente com Luiz Caldas foi o lançamento do disco Magia, produzido na Bahia em 1985 e que atingiu a marca de 100 mil cópias vendidas no estado. “Dada a notável contribuição de Luiz Caldas para a construção de toda uma cultura de um povo, foi escolhido como data o dia 19 de janeiro para coincidir com seu aniversário, homenageando esse grande artista da nossa terra e instituindo um dia no calendário municipal para celebrar ao gênero musical criado e fabricado pela nossa terra. Aos 30 anos de Axé, uma certeza: existem milhares de motivos para celebrar essa manifestação cultural”, argumenta Leandro Guerrilha.