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Chapada: Fogo continua em regiões de difícil acesso; brigadistas seguem combatendo

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As chamas seguem destruindo a vegetação na região da Chapada Diamantina | FOTO: Reprodução/Açony Santos |

Os incêndios florestais que atingem a Chapada Diamantina ainda são preocupantes, pois situam-se em locais de difícil acesso. A informação foi confirmada por brigadistas que combatem o fogo na região. Eles apontam que o principal foco é o que afeta a área da Folha Larga, próximo à nascente do rio de Lençóis. Por outro lado, o fogo que queimava na localidade de Barro Branco é considerado controlado por integrantes de brigadas voluntárias. “O fogo continua e está em lugares de difícil acesso. Os focos estão em lugares mais altos na serra, então está voltando tudo de novo. No Morro Branco, no Capão, ainda tem muito fogo na serra. O Barro Branco é o mais próximo a Lençóis e tem 15 pessoas fazendo rescaldo, já foi 80% controlado, mas temos que garantir que não volte”, disse Jânio Gledson Rocha, coordenador da Brigada de Resgate Ambiental de Lençóis (Bral), ao Portal G1.

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Ele diz que as aeronaves à disposição do governo estadual estão sendo usadas pelos brigadistas para transporte de voluntários. “As aeronaves estão levando a gente para a cabeça maior do incêndio. Vamos pedir para levar para Folha Larga hoje [sexta-feira, 20]”, conta. Jânio diz que os brigadistas trabalham durante toda a noite e uma mulher, integrante da brigada, chegou a fraturar o dedo da mão durante o combate na quinta-feira (19). Jorge Alves Dourado, que faz parte da Brigada Voluntária de Lençóis (BVL), reclama que os brigadistas estão exaustos e podem sofrer com problemas respiratórios.

Fotos dos combates aos incêndios na Chapada Diamantina:

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“A galera está exausta porque a fumaça nos desidrata, o que acaba com o brigadista. E o pulmão fica prejudicado. A gente fala sempre para o brigadista se poupar da fumaça, mas está ventando muito e não tem jeito. O desgaste também ocorre por causa da caminhada e ter que levar material”, afirma. Jorge Alves também alerta que é necessário maior apoio aos brigadistas para organizar melhor o combate às chamas desde o início do incêndio.

“O fogo do Mucugezinho se propagou demais porque não tinha bombas e abafador. Se tivéssemos equipamentos mínimos, não tinha como o fogo se alastrar tanto. Tem que ter estratégia e melhorar”, avalia. O secretário de Meio Ambiente do Estado, Eugênio Spengler, reafirmou que o incêndio é considerado “sob controle” pelo governo. “É a maior operação de combate a incêndios florestais já realizada no estado. São 96 bombeiros em Lençóis mais de 50 pessoas das Forças Armadas. Se não tivesse colocado a equipe, a situação seria caótica”, afirma.

Ele afirma que ações como a implantação de um sistema de comunicação entre brigadistas e de uma unidade do Corpo de Bombeiros especializada em incêndios florestais podem melhorar o combate ao fogo. Ainda segundo o secretário, 40 integrantes do Corpo de Bombeiros do governo de Brasília (DF) com especialidade neste tipo de incêndio são aguardados para chegar nesta sexta-feira (20) na região. As informações são do Portal G1.

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