A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) referendou, por unanimidade, nesta quarta (25), em sessão extraordinária, as prisões preventivas do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) e do advogado Edson Ribeiro, além das prisões temporárias do banqueiro André Esteves, do Banco BTG Pactual, e do chefe do gabinete do senador, Diogo Ferreira.
As prisões foram autorizadas, na noite de terça (24), pelo ministro Teori Zavascki. Segundo o relator, não haveria outros meios de se preservar as investigações, que não sejam as prisões, uma vez que, conforme relatou o Ministério Público Federal, os envolvidos estariam pressionando o ex-diretor Internacional da Petrobras Nestor Cerveró a desistir de firmar acordo de delação premiada no âmbito da Operação Lava Jato. As decisões do ministro Teori Zavascki foram ratificadas integralmente pelos votos dos ministros Cármen Lúcia, Gilmar Mendes, Celso de Mello e Dias Toffoli.
Senado
Por se tratar de um senador da República, a manutenção da prisão de Delcídio terá que ser decidida em uma sessão no plenário da Casa por maioria dos membros – 41 senadores. Segundo a assessoria da Secretaria-Geral da Mesa, como é um caso inédito, pois nunca um senador foi preso no exercício do mandato, o presidente da Casa terá que decidir como vai encaminhar o processo.
Governo vai anunciar novo líder
O Palácio do Planalto vai anunciar nesta quarta (25) até o fim do dia o nome do novo líder do governo no Senado para substituir o atual, o senador Delcídio do Amaral (PT-MS), preso pela Polícia Federal. O escolhido será um dos vice-líderes do governo na Casa: Hélio José (PSD-DF), Paulo Rocha (PT-PA), Wellington Fagundes (PR-MT) e Telmário Mota (PDT-RR).
De manhã, os ministros da Casa Civil, Jaques Wagner, da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, e da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, se reuniram para discutir a prisão do senador e o quadro político. Em seguida, Wagner se reuniu com a presidente Dilma Rousseff. A presidente, que tinha uma agenda pública com a seleção feminina de handebol, preferiu transferir o evento para uma sala privada, sem acesso de jornalistas. De acordo com o ministro do Esporte, George Hilton, Dilma estava com um humor “maravilhoso” durante o encontro com as atletas e não fez nenhum comentário sobre a prisão do senador.
George Hilton não quis comentar a prisão de Delcídio, mas disse que a hora é de união. “O PRB está afinado e apoiando o governo. Nossa demonstração é que temos que trabalhar pelo país. O momento é de união, de unidade, de fortalecer a base para que a gente aprove as medidas de ajuste fiscal e o país volte a crescer economicamente”, afirmou. Da Agência Brasil. Atualizada às 12h48.