A Executiva do PMDB da Bahia ingressou na segunda (4) com representação por infidelidade partidária na Executiva Nacional do partido propondo como medida cautelar a suspensão da filiação da senadora e ministra da Agricultura Kátia Abreu (PMDB-TO) e a posterior expulsão dela dos quadros do PMDB “por afronta à deliberação da suprema plenária do Diretório Nacional’’ que, em 29 de março aprovou, por aclamação, a saída do governo federal de todos os filiados do partido. Segundo a representação dos peemedebistas baianos, a ministra Kátia Abreu está tentando desestabilizar o partido. “Se recusou a entregar o seu cargo de ministra da Agricultura, fazendo pouco caso do quanto deliberado, desobedecendo até não mais poder tal questão considerada fundamental e histórica para o PMDB”, diz trecho da representação.
Os autores da representação afirmam que a ministra vem destilando seu apego ao cargo ao dar entrevistas e postar no Twitter frases como: “Não estou em saia justa, tenho plena consciência das pressões e contrariedades”, “os interesses sempre tem raízes mais profundas do que as convicções”, “continuaremos no governo e no PMDB”. “A representada foi flagrada tentando desestabilizar o partido, passando um furo de notícia para a imprensa que a mesma estava a liderar movimento supostamente bem-sucedido junto aos demais ministros no governo federal filiados ao PMDB para continuar no cargo sem desfiliação alguma, em mais um ato seu de obstruir a eficácia da decisão plenária do Diretório Nacional”, diz outro trecho do documento.
Assinado pelo presidente do PMDB baiano, Geddel Vieira Lima, os peemedebistas querem que a comissão de ética do partido julgue a ministra com base no Código de Ética da legenda e aplique à senadora a sanção disciplinar de expulsão do PMDB com o cancelamento da sua filiação ao partido. Além da ministra Kátia Abreu, o partido tem mais cinco ministros no governo federal. O único peemedebista que já deixou o cargo de ministro foi Henrique Eduardo Alves, que era ministro do Turismo. Da Agência Brasil.