Realizado em conjunto com o Hospital Geral Roberto Santos (HGRS), na Bahia, o trabalho de pesquisa do Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC) concluiu que, definitivamente, o vírus da zika causa microcefalia. O anúncio foi feito na quarta-feira (13) e já é considerado um ponto de partida no estudo do surto. Para o médico e pesquisador Antônio Raimundo Pinto de Almeida, diretor-geral do HGRS e professor da Universidade Federal da Bahia (Ufba), a apresentação da evidência científica pode ajudar a dissipar rumores de que outros agentes seriam responsáveis pela síndrome da microcefalia. “Seguimos nesta luta, o objetivo é tentar tornar a situação mais clara possível”, afirma o pesquisador, que faz questão de parabenizar as equipes envolvidas.
“Estamos muito orgulhosos por termos contribuído e continuar contribuindo fortemente para a compreensão da associação entre a Zika Congênita e a microcefalia. Inclusive, a definição ‘Zika Congênita’, utilizada pelo CDC, foi adotada inicialmente pelo Hospital Roberto Santos. Estou contente com a atuação de nossos profissionais, bem como com os da Fiocruz, Universidade Yale e Texas, Instituto Evandro Chagas e tantos outros pesquisadores brasileiros”. Na avaliação do diretor-geral do HGRS, um importante passo foi dado, mas há ainda questões urgentes a serem respondidas. “Precisamos manter os cuidados e seguir compartilhando informações para eliminar o Aedes Aegypti”, acrescenta.