“O 17 de abril de 2016 ficará, sem dúvida alguma, para a história do país. A votação que admitiu o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff foi marcada por traições, misoginia, homofobia, tudo em nome do golpe”. Com essa declaração, o deputado federal baiano, Valmir Assunção (PT-BA), se manifestou após a sessão do domingo, na Câmara. O parlamentar reafirma que o processo contra Dilma “é conduzido pelos maiores corruptos da política brasileira. “O nosso povo é forjado na luta e na resistência, não vai se intimidar e nada nos foi dado de graça, tudo conquistamos com suor e sangue”.
Assunção afirma que “o golpe será contra a democracia” e que muitos políticos querem “livrar a cara” das investigações em curso no país. “Existe a suspeita de que estavam negociando a paralisação dos processos para golpear o voto de 54 milhões de pessoas. Esse projeto de Michel Temer e Eduardo Cunha é de cerceamento dos direitos trabalhistas, assim como Cunha fez na Câmara aprovando as pautas bombas e jogando tudo no colo do governo. Eles estão contra o projeto político simbolizado por Dilma e Lula, que retirou milhões da miséria e fez com que o povo mais pobre desse Brasil pudesse sonhar”, dispara Valmir.
Durante a votação, o deputado baiano foi de encontro a tudo que acontecia na Casa, enquanto os deputados oposicionistas saudavam apenas as próprias famílias, ele lembrou todos que deram a vida pela democracia. “Correm em nossas veias o sangue de Zumbi e Dandara, de sem terras e sem tetos, de mulheres, indígenas, LGBTs, pequenos agricultores, povos de terreiro, cristãos progressistas, estudantes, jovens, negras e negros, da classe trabalhadora brasileira. E é por essas características que eu posso afirmar a vocês, nem o povo e nem a história nos faltarão. No fim de tudo, venceremos”.