O Ministério da Educação (MEC) e, consequentemente, o governo atual sofreram muitas críticas, principalmente nas redes sociais em referência às mudanças no Ensino Médio anunciadas na última quinta-feira (22). O MEC publicou um texto apontando disciplinas que deixariam de ser obrigatórias ao final da educação básica. Aulas de artes, educação física, filosofia e sociologia, pelo que constava no texto da medida provisória (MP) divulgado durante a tarde, não seriam mais parte compulsória do currículo do Ensino Médio, cabendo às escolas, redes de ensino e alunos definir quais delas fariam parte dos estudos.
O texto, porém, estava equivocado. Na versão encaminhada para publicação no Diário Oficial, que deve vir a público nessa sexta (23) para então ir à apreciação do Congresso Nacional, o texto final aponta que não está decretado o fim de nenhuma disciplina, e as 13 que atualmente constam como obrigatórias para o Ensino Médio permanecerão obrigatórias. A confusão deu a entender que a reformulação do Ensino Médio contrariaria a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), que define o ensino de artes e educação física como obrigatório em toda a educação básica, e aponta que filosofia e sociologia devem ser ministradas a todos os alunos do Ensino Médio.
“Eu assumo a responsabilidade, houve um erro que infelizmente levou a essa confusão. Não se está acabando com nada”, afirmou o secretário de Educação Básica do Ministério da Educação, Rossieli Soares, em entrevista ao jornal Zero Hora. Diante da repercussão, o MEC divulgou uma nota durante a noite esclarecendo que não haveria cortes em nenhuma disciplina. O secretário dá como certo que a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) vai prever as mesmas disciplinas que hoje integram a grade do Ensino Médio, portanto não haveria preocupação quanto a não obrigatoriedade de algumas delas. Com informações de o Diário do Centro do Mundo .