Cerca de 120 milhões de americanos estão indo às urnas nesta terça-feira (8) para decidir quem vai ser o 45º presidente dos Estados Unidos da América. Os dois principais candidatos – Donald Trump, do Partido Republicano, e Hillary Clinton, do Partido Democrata – estão concorrendo com uma margem estreita de diferença na intenção de votos. Levantamento feito pelo jornal The Washington Post indica que, pelos dados atualizados na segunda-feira (7), Hillary já teria ultrapassado os 270 votos, que é o número de delegados necessários para assegurar a presidência.
De acordo com o jornal, a tendência é de que Hillary alcance 275 votos do colégio eleitoral. Mas os democratas estão reagindo com cautela e evitam manifestações de otimismo. O vencedor das eleições para a presidência dos Estados Unidos será anunciado oficialmente em 6 de janeiro de 2017, após um complicado sistema de contagem de votos do colégio eleitoral. Mas é possível que, já hoje à noite, a imprensa esteja antecipando o nome do vencedor. O novo presidente, que também comandará as poderosas forças armadas dos Estados Unidos, mudará para a Casa Branca a partir de 20 de janeiro de 2017.
As eleições de hoje decidirão também a nova composição do Congresso norte-americano, que exige dos partidos políticos em disputa esforços similares ao processo de escolha de Donald Trump ou Hillary Clinton. Os dirigentes dos partidos Republicano e Democrata sabem que não basta ganhar o direito de ocupar a Casa Branca, é preciso também garantir maioria no Congresso para aprovar as propostas do novo presidente.
O atual presidente, Barack Obama, tem dificuldades de governar porque não tem maioria nas duas casas do Congresso. No Senado, existem 44 democratas, 54 republicanos e dois independentes. A Câmara dos Deputados (Câmara dos Representantes) tem 188 democratas e 247 republicanos. Em âmbito estadual e local, as eleições de hoje também elegem juízes, delegados de polícia e outras funções públicas importantes.
Terça-feira
O dia de eleição do presidente dos Estados Unidos cai sempre em uma terça-feira seguinte à primeira segunda-feira de novembro. Pode ser entre 2 e 8 de novembro. Embora no âmbito local, algumas unidades estaduais permitem que os empregados saiam para votar, e no plano federal, não há nenhuma legislação que obrigue as empresas a liberar seus funcionários. No dia da eleição, os cidadãos dos Estados Unidos podem votar por votação popular para candidatos a cargos públicos a nível local, estadual e nacional. As eleições para funcionários locais e estaduais podem ser realizadas em anos ímpares ou pares, dependendo das leis locais e estaduais.
A forma como as pessoas votam depende do estado em que vivem. Em Oregon, todos os votos são emitidos pelo correio e todos as cédulas têm que ser recebidos em um momento dado no dia de eleição. No estado de Washington, quase todas as pessoas votam por correio e os envelopes que contêm os papéis de votação têm de ser carimbados com a data do dia da eleição. Em outros estados, as pessoas votam em postos de votação, onde longas filas podem ser formadas.
Para evitar filas, vários estados norte-americanos permitem que os eleitores encaminhem seus votos com vários dias de antecedência pelo correio ou depositem as cédulas em locais previamente determinados. O dia da eleição não é um feriado federal, mas pode ser um feriado anual ou bienal em alguns estados. Da Agência Brasil.