O terremoto de 7.6 graus na escala Richter que atingiu no último domingo (25) o sul do Chile, nos arredores da ilha turística de Chiloé, não deixou vítimas, mas provocou danos em estradas e casas, informou o Escritório Nacional de Emergência (Onemi). O terremoto ocorreu às 11h22 local (12h22 em Brasília) 67 quilômetros (km) a noroeste da cidade de Melinka, na Ilha de Chiloé, localizada em frente à costa da Região dos Lagos (1.021 km ao sul de Santiago), a uma profundidade de 20 km, segundo o Onemi, com base em dados do Centro Sismológico Nacional.
Inicialmente, as autoridades lançaram um alerta de tsunami que gerou a evacuação, para setores mais altos, de cerca de 4 mil pessoas nas áreas costeiras da Região dos Lagos, segundo a polícia. Três horas depois, o estado de precaução foi cancelado em todo o país. “O estado de precaução está cancelado em todo o Chile”, disse, em entrevista, Ricardo Toro, diretor da Onemi. De acordo com a Onemi, “não há perda de vidas humanas” segundo os primeiros relatos.
Duas horas após o terremoto, em cidades como Ancud “vivia-se completa normalidade”, contou o prefeito da localidade, Carlos Gómez. Nos primeiros minutos após o terremoto, houve cortes de energia elétrica e de linhas telefônicas. Algumas casas sofreram danos com a queda de objetos, afirmou Gómez. A estrada que conecta a ilha ao continente sofreu danos consideráveis, que provocaram cortes parciais em vários trechos. “Muita força e ânimo aos compatriotas afetados pelo sismo em Chiloé e outras zonas do sul. Protocolos de emergência já estão operando”, disse a presidente chilena, Michelle Bachelet, em sua conta no Twitter.
O terremoto preocupou a população, que publicou imediatamente vídeos nas redes sociais nos quais se via o forte movimento de lâmpadas e móveis, além da queda de produtos das prateleiras dos supermercados. O Chile é um dos países mais sísmicos do mundo e tem implementado rigorosas regras para a construção civil resistente aos tremores. Em setembro do ano passado, um terremoto de 8.4 graus na escala Richter,seguido de um tsunami, abalou a região de Coquimbo, matando 15 pessoas. Em 2010, outro terremoto, de 8.8 graus, também seguido de tsunami, atingiu o Centro e o Sul do país, deixando mais de 500 mortos. Da Agência France Press (AFP).