As roupas com marcas de sangue usadas pela jovem de 18 anos que acusa um homem de estupro dentro de uma boate na cidade de Jacobina, na Chapada Norte, não foram recolhidas para serem periciadas pela polícia. A informação é do advogado dela, Pedro Cordeiro, que acredita que isso pode prejudicar as investigações. “Eu não entendi porque esses objetos não foram recolhidos pela autoridade policial e ter remetido à perícia técnica para chegar à verdade real. Então é um dos fundamentos que mandamos petição ao Ministério Público para que se faça averiguação e se chegue a esses fatos”, diz o advogado.
A reportagem do site G1 tentou contato com o delegado plantonista, que registrou o caso, mas não conseguiu. O advogado de Marcus também foi procurado, no entanto, não foi localizado. O caso ocorreu na madrugada de domingo (31), véspera do Ano Novo. O suspeito, Marcus Machado, de 34 anos, continua preso na delegacia de Jacobina até esta quarta-feira (3). Ele nega o estupro e afirma ter feito sexo com o consenso da jovem.
Uma audiência de custódia prevista para a terça-feira (2) não aconteceu porque o Judiciário ainda está em recesso. O advogado da jovem que acusa o homem de estupro, Pedro Cordeiro, disse que uma decisão da comarca de Jacobina converteu a prisão em flagrante em prisão preventiva. “Ao entender do juiz, ele vai ter o tempo que durar o processo e pode ir até a condenação, com ele preso”, afirma o defensor.
Caso
As imagens da câmera de segurança da boate mostram o momento em que, segundo a vítima, pediu informações a Marcus sobre onde estavam os amigos e foi levada por ele para a saída de emergência da boate, onde teria acontecido o estupro. A amiga dela, Karen Dantas, disse ter ouvido a jovem gritando e ter encontrado ela depois do crime. A jovem e a amiga ainda contaram à polícia que foram agredidas pelo suspeito.
Ao encontrar a amiga com o suposto agressor, Karen afirma que pediu socorro. “Comecei a gritar e ele saiu rindo”, disse. A amiga diz ainda que a jovem foi levada para o hospital com muito sangramento. Karen conta que não tinha amizade, mas já conhecia o suposto agressor, que é um morador da cidade de Jacobina. Antes da situação, ela diz que o rapaz teria cumprimentado, inclusive, um dos integrantes do grupo de amigos da jovem que denunciou o estupro. Matéria extraída do G1.