No próximo sábado (24), para festejar a qualidade da cena instrumental baiana, a JAM no MAM faz a estreia da temporada 2018. Ela volta a reunir na área externa do Museu de Arte Moderna da Bahia, no Solar do Unhão, músicos profissionais e em formação para jam sessions com ‘sotaque baiano’. As apresentações seguem até 12 de maio, com patrocínio da Stella Artois e do Governo do Estado, por meio do Programa Estadual de Incentivo ao Patrocínio Cultural (Fazcultura). Os ingressos custam R$ 8 (inteira) e R$ 4 (meia).
A abertura da primeira JAM no MAM do ano será às 18h, na área externa do MAM, que ganhou mais espaço para o público após a remoção de parte do canteiro de obras que ocupava a área onde a jam acontece. Primeira banda a tocar, a Geleia Solar é formada por André Becker, Bruno Aranha, Felipe Guedes, Gabi Guedes, Ivan Bastos, Ivan Huol, Joatan Nascimento, Matias Traut, Paulo Mutti e Rowney Scott. Todos eles são músicos reconhecidos no cenário instrumental brasileiro. Nesta temporada, sempre haverá uma mulher instrumentista como integrante convidada – um legado do projeto ‘JAM no MAM com as Mina’, realizado em 2017.
A Geleia Solar se dedica tanto a valorizar um repertório com peças de diversas gerações de compositores instrumentais baianos (incluindo composições autorais), quanto standards da bossa nacional e do jazz internacional, devidamente adaptados para o ‘estilo JAM no MAM’, em que a força percussiva da cultura baiana cria uma sonoridade ímpar nas interpretações de cada música. Após a primeira hora de introdução, o palco será aberto a músicos de todo o mundo que, sem ensaio prévio, juntam-se nas jam sessions para tocar e criar experimentações sonoras sempre inusitadas e de altíssima qualidade.
“A JAM atrai cada vez mais os músicos já preparados, diferentemente dos primórdios, onde o clima era mais de karaokê”, lembra o diretor artístico e baterista da JAM no MAM, Ivan Huol. Ele acredita que os artistas já entendem que o palco do projeto é para instrumentistas profissionais, ou em formação, para o exercício da improvisação no que o projeto chama de ‘jazz’, independentemente do ritmo ou do idioma.
“Aqui, nosso acento afro-baiano, oriundo do candomblé, sambas de roda e afins, dá um novo sabor aos solos de percussão”, comenta Huol. Ele acrescenta que “nossa musicalidade é fundamental para nos afirmarmos enquanto cultura, universalizando ainda mais nosso conceito do que é ‘jazz’”. Os ingressos são vendidos na bilheteria do local, no dia de cada jam, a partir das 17h. As informações são da Secult.