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Rui Costa compara PF à polícia nazista e acusa empresa de comunicação de participar de conluio

Governador Rui Costa, faz o último programa Digaí Governador de 2015, jundo com Edmundo Filho. Foto Mateus Pereira/GOVBA

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O governador ainda criticou “a militância político-partidária de gente que não deveria usar o cargo que tem para fazer ações ilegais” | FOTO: Divulgação |

O governador Rui Costa (PT) comparou a Polícia Federal (PF) à Gestapo, polícia alemã que atuou durante o regime nazista. Isso por conta da Operação Cartão Vermelho, que acusa o ex-governador Jaques Wagner de receber mais de R$80 milhões em propina durante as obras da Arena Fonte Nova. Segundo o governador, tudo não passa de uma “grande armação para tentar influenciar as eleições” e insinuou a existência de um conluio entre a PF e a TV Bahia, afiliada da Globo. As declarações foram dadas na última quarta-feira (28) em evento de entrega de uma obra de contenção de encostas na periferia de Salvador.

“O dono da televisão é o mesmo dono de um partido político e arma essas coisas. Infelizmente, erra no horário, e a televisão chega antes da polícia na casa das pessoas e nos locais onde vai ser feita a apuração. […] Isso foi planejado, foi combinado anteriormente”, disse o governador baiano. Ele fez referência ao fato de uma equipe da TV Bahia ter chegado ao prédio de Jaques Wagner antes dos agentes da Polícia Federal.

Rui Costa ainda comparou a atuação da Polícia Federal com a Gestapo. E criticou “a militância político-partidária de gente que não deveria usar o cargo que tem para fazer ações ilegais”. “Isso eu me lembro dos livros que li de história da época da polícia fascista alemã, a Gestapo, que era usada como um braço da política. Ou seja, para atender aos interesses de um partido político, se usava agentes daquela polícia, difundindo mentiras, calúnia contra os seus adversários políticos”, afirmou.

Procurada, a Polícia Federal não quis se pronunciar sobre as declarações. No dia em que foi realizada a Operação Cartão Vermelho, a delegada Luciana Matutino negou influência político-partidária na ação: “Não entendemos que o trabalho que a Polícia Federal realiza seja ideológico. Somos um órgão técnico”. Em nota, a TV Bahia informou que “sua equipe de jornalismo está cobrindo a Operação Cartão Vermelho com apuração própria, isenta e ouvindo todos os lados da notícia” e que a “empresa atua dentro de padrões éticos consagrados em mais de 30 anos de relacionamento com o telespectador baiano”. As informações são de Mais Goiás/FolhaPress.

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