O proprietário da Triunfo Participações, Luiz Fernando Wolff de Carvalho, responsável pela concessionária de pedágio Econorte, foi um dos presos na segunda fase da ‘Operação Integração’, derivada da Lava Jato, na última quarta-feira (26). Ele é primo de Rosângela Wolff, mulher do juiz federal Sérgio Moro, que abriu mão do caso em junho. Na época, Moro afirmou que a operação não tinha nenhuma ligação com a Petrobras ou com o Setor de Operações Estruturadas do Grupo Odebrecht. Afirmou ainda estar sobrecarregado.
O caso foi redistribuído para o juiz Paulo Sérgio Ribeiro, que determinou as prisões desta quarta. Rosangela e Luiz Fernando são primos em segundo grau. Ambos possuem os mesmos bisavós (Bernardo Wolff e Silvina do Amaral Wolff). O parentesco foi identificado pelo professor Ricardo Costa de Oliveira, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), que estuda genealogia de famílias tradicionais paranaenses. O juiz Sérgio Moro disse desconhecer o parentesco e que, caso ele exista, é remoto.
No pedido de prisão formulado pelo Ministério Público Federal e aceito por Ribeiro, Wolff de Carvalho é descrito pelo delator Nelson Leal Júnior, ex-diretor-geral do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-PR), como sendo “o representante de empresa de pedágio que mantinha o contato mais próximo com o governo do Paraná”. E-mails obtidos pelo MPF revelam que Wolff negociava diretamente com José Richa Filho, irmão do ex-governador Beto Richa (PSDB), os reajustes nas tarifas praticadas pela concessionária. As informações são do site da Veja.