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Direção da EPS emite manifesto de resistência e unidade para lutar pelo socialismo, democracia e por direitos

De acordo com os petistas, as lutas por liberdades, direitos e a campanha #LulaLivre adquirem papéis estratégicos neste momento | FOTO: Divulgação |

A Direção Nacional da Esquerda Popular Socialista (EPS) – tendência interna do Partido dos Trabalhadores, emitiu esta semana um manifesto que amplia o debate sobre o período pós-eleitoral na sigla. Os membros da corrente petista utilizam uma fala do futuro ministro da Fazendo do Governo Bolsonaro, Paulo Guedes, para apontar a importância da resistência e da unidade para a luta por socialismo, democracia e por direitos. Na fala, Guedes diz: “(…) eu só quero a reforma da Previdência. Se vocês não fizerem vou culpar esse governo. Vou culpar esse Congresso e o PT volta, e vocês vão ser responsáveis pela volta do PT”. Esse pronunciamento foi em conversa com representantes da Mesa Diretora do Senado Federal.

“A volta do PT: eis a senha que unifica alhos e bugalhos das classes dominantes brasileiras. É com isso que teremos que lidar na construção da resistência ao golpe pós eleição. O resultado da eleição presidencial consolida mais um ato do golpe do capitalismo neoliberal contra a democracia em curso desde 2013, culminando no resultado na recusa do poder judiciário em acatar a recomendação da ONU [Organização das Nações Unidas] pelo deferimento da candidatura de Lula, o silêncio do Tribunal Superior Eleitoral [TSE] sobre o financiamento ilegal, via ‘Caixa 2’, e de um forte esquema de disseminação de notícias falsas pelas redes sociais”, aponta nota da corrente.

Para os membros petistas, a consolidação do golpe ainda se deu nas ameaças públicas do presidente eleito e de setores do Exército de uso da força contra as instituições públicas e os direitos fundamentais, e a ausência do debate público de propostas. “Também se deu na influência da inteligência norte-americana para manipulação das informações e a disseminação do ódio, intolerância, extermínio e censura com valores moralistas na segurança da família tradicional, corrupção, preconceito e criminalização dos pobres, mulheres, negros, indígenas e LGBTQ+ que deram vazão a onda fascista em nosso país”, diz trecho do manifesto. Eles ainda defendem os desafios na sociedade e os desafios no partido.

Segundo a direção da EPS, o que aconteceu faz parte da permanente busca de saídas para a crise do capitalismo. Nesta quadra da história, o destaque mundial é para a utilização de forças da ultradireita, utilizando-se de discurso e práticas fascistas, mas cujo centro continua sendo a dominação e disputa econômica, envolvendo nossas riquezas. “No plano da economia, o capital persegue seu destino: tentar retomar o crescimento das taxas de lucro, precarização do trabalho com base na agenda predatória aos interesses da maior parte da humanidade”, informa a executiva.

De acordo com os petistas, as lutas por liberdades, direitos e a campanha #LulaLivre adquirem papéis estratégicos neste momento. “A resistência democrática passa também pela defesa das populações das periferias vítimas da ofensiva brutal das polícias, em defesa da classe trabalhadora e da população LGBTQ+ vítima da homofobia, das mulheres vítimas do machismo e do povo negro vítima do racismo e intolerância religiosa, dos sem-terra e dos sem teto, dos professores e estudantes, dos artistas e das pessoas que lutam pelas liberdades. Ainda passa pelo enfrentamento ao neoliberalismo e aos valores conservadores e suas consequências sociais como a precarização do trabalho, redução das políticas sociais, a criminalização dos movimentos sociais e dos direitos humanos fundamentais afirmando a luta de classes, valores e desafios da construção de uma sociedade socialista”.

Veja aqui o manifesto na íntegra

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