Um levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM) constatou que 234 prefeituras da Bahia admitiram que não vão conseguir pagar todas as dívidas até o final do mês e que deixarão débitos para 2019. Esse número corresponde a, ao menos, 56% das cidades. A CNM ouviu 312 das 417 cidades da Bahia, 105 não responderam, e apontou ainda, que mais da metade delas vai terminar o ano devendo a fornecedores. No total, 213 prefeitos confirmaram atraso no pagamento, o que equivale a 51% das cidades.
Ao mesmo tempo, cerca de 75% das prefeituras baianas demitiram servidores no final do ano para tentar fechar as contas no azul, de acordo com a União dos Municípios da Bahia (UPB). No Brasil, 68,1% das cidades pesquisadas vão deixar dívidas para 2019 – percentual que equivale a 3.105 municípios. São Paulo é o estado com maior volume de prefeituras na lista, com 69,3%, seguido por Mato Grosso do Sul (64,6%). A Bahia ocupa a sétima posição.
Décimo terceiro
O estudo da CNM apontou ainda que pelo menos 25 municípios da Bahia vão atrasar o pagamento do 13º salário aos servidores. O número pode ser maior, uma vez que mais de 110 prefeitos não responderam à pesquisa. Outros 174 disseram já ter pago o benefício, enquanto 108 afirmaram que vão quitar até amanhã, quando termina o prazo para o pagamento.
No total, o 13º aos mais de 500 mil servidores municipais na Bahia representa um custo de R$ 1,3 bilhão para as prefeituras. Enquanto isso, o município de Utinga, na Chapada Diamantina, já antecipou o 13″ salário em novembro e afirmou que antecipará parte do salário de dezembro nesta quinta (20). A ideia é que o servidor público possa passar um Natal mais tranquilo. Jornal da Chapada com informações da coluna Satélite (Correio 24h).