Após a pancadaria durante uma sessão na Câmara de Correntina, cidade no oeste da Bahia, na última quinta-feira (20), seis vereadores denunciados na operação “Último Tango” tiveram os mandatos cassados. A sessão recomeçou no turno da tarde e durou mais de sete horas. Os vereadores Adenilson Pereira de Souza (PTN), Jean da Guarda (PP), Nelson da Conceição Santos (PRB), Miltão (PCdoB), Juvenil Araújo de Souza (PCdoB) e Wesley Campos Aguiar (PV), que foram presos em outubro de 2017, foram os alvos da cassação. Seis vereadores suplentes tomaram posse logo após a sessão.
Apenas os vereadores Nelson da Conceição Santos (PRB) e Juvenil Araújo de Souza (PCdoB) apresentaram as defesas no plenário. Os outros não retornaram à sessão após a pancadaria. De acordo com Wagner Rocha, advogado da Câmara de Vereadores de Correntina, e autor da denúncia que pediu a cassação dos denunciados, a briga teve início quando um dos vereadores indiciados começou a gritar e agredir os outros colegas. O nome dele não foi divulgado.
No total, a Câmara tem 13 vereadores, incluindo os denunciados. As sessões ordinárias da Casa acontecem sempre nas terças-feiras, exceto as extras, como a desta quinta. No dia 26 de outubro de 2017, foi deflagrada operação ‘Último Tango’, que prendeu cinco vereadores no Município de Correntina. Na operação, foram presos Juvenil Araújo Souza, Jean Carlos Pereira Santos, Milton Rodrigues Souza, Nelson da Conceição Santos e o presidente da Câmara de Vereadores, Wesley Campos Aguiar, conhecido como Maradona.
No dia 30 de outubro de 2017, os vereadores Adenilson Pereira de Souza, Juvenil Araújo de Souza e Nelson da Conceição Santos foram soltos depois que a prisão temporária venceu. Um dia depois, no dia 31 de outubro, Jean Carlos Pereira Santos e Milton Rodrigues Souza também foram liberados depois que o prazo da prisão expirou. O presidente da Câmara de Vereadores, Wesley Campos Aguiar, foi solto no dia de 15 de novembro de 2017, após 22 dias preso.
No dia 28 de agosto deste ano, Maradona voltou a ser preso, depois que desapareceu após novo mandado de prisão solicitado à Justiça pelo MP. A quadrilha é suspeita de desviar verbas públicas mediante pagamento de gratificações indevidas a servidores e realizar exigências ilícitas ao prefeito, inclusive a entrega de propina de R$ 50 mil para alguns vereadores em troca da aprovação de projetos de lei. Jornal da Chapada com informações do G1BA.
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