Bastante usado em várias áreas da medicina, o laser tem apresentado avanços importantes na ginecologia, especialmente na saúde intima da mulher. O laser é indicado para tratamentos de lesões causadas pelo HPV (Papiloma Vírus Humano), melhora do tônus da musculatura genital, incontinência urinária, atrofia vulvovaginal, ressecamento vaginal, clareamento de lesões, dentre outras indicações. Considerado procedimento minimamente invasivo, o método é seguro, indolor, não requer internação nem anestesia e pode ser feito no próprio consultório do ginecologista. “O tratamento é individualizado e o número de sessões de laser varia entre 2 a 4 sessões a depender da indicação, do grau da lesão a ser tratada e do tipo de aparelho usado,” esclarece o ginecologista Jorge Valente, diretor médico do CEPARH (Centro de Pesquisa e Assistência em Reprodução Humana),
“Os tratamentos com laser podem trazer vários benefícios para a mulher na menopausa e são uma alternativa importante para as mulheres que não podem fazer reposição hormonal, por exemplo aquelas que têm risco aumentado para neoplasias”, esclarece o médico Jorge Valente. O médico lembra que ao melhorar o tônus da região genital, promover a lubrificação vaginal e reduzir sintomas da atrofia vaginal e da incontinência urinária, o laser consegue melhorar a função sexual que pode ficar bastante comprometida durante a menopausa. “A terapia a laser pode fazer a diferença para a qualidade de vida, saúde, autoconfiança e vida sexual da mulher”, destaca o especialista.
Um sintoma comum na pós-menopausa é a atrofia vaginal, que causa muito desconforto, dor e irritação durante as relações sexuais. A atrofia é resultado da falta de produção de estrogênio, que, por sua vez, causa secura e inflamação nas paredes da vagina. A atrofia também pode acontecer durante a amamentação ou em outras situações quando a produção de estrogênio fica reduzida. “O laser estimula as camadas mais profundas da vagina e aumenta a produção de estrogênio local, recuperando a espessura da parede da vagina e da vulva”, explica Jorge Valente.
A terapia a laser – de forma isolada ou combinada com medicamentos tópicos – também é uma alternativa para tratamento de ressecamento vaginal, que pode ocorrer em função de distúrbios da tireoide, menopausa ou em mulheres que amamentam. Outra indicação importante do laser é a incontinência urinária leve ou moderada.
Estética intima
Além dos inúmeros benefícios à saúde intima da mulher, o laser também tem indicações estéticas. Assim como todo o organismo, a região genital feminina também sofre os efeitos do tempo e das alterações por que passa em função de mudanças hormonais, variações do peso corporal, gravidez, parto e menopausa. O laser é indicado para o rejuvenescimento vaginal, uma vez que sua ação, além de promover o espessamento da mucosa vaginal, ainda estimula a produção de colágeno e elastina. Outra indicação estética do laser é o clareamento da região da virilha em mulheres que ficam com essa área escurecida depois do parto ou por causa da depilação a cera. As informações são de assessoria.