A jornalista Giselly Siqueira pediu demissão do cargo de assessora especial de comunicação do Ministério da Justiça, de Sérgio Moro, nesta terça feira (9). Antes de trabalhar com Moro, Siqueira foi assessora de comunicação em vários órgãos públicos, como o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) da gestão dos ministros Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski.
Ela também chefiou a assessoria de imprensa do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), quando Gilmar Mendes presidiu a corte e foi da equipe de comunicação da Procuradoria-Geral da República na gestão de Antonio Fernando de Souza e de Roberto Gurgel. De acordo com uma fonte, ela havia solicitado o desligamento na semana passada, mas aguardava a chegada de um substituto. A saída dela do Ministério da Justiça ocorre em meio a uma crise provocada pela divulgação de conversas entre Moro e procuradores da Lava-Jato.
Os diálogos, que foram realizados por meio do aplicativo Telegram, indicam que Moro pode ter ultrapassado as competências de um juiz durante os julgamentos da operação quando era juiz no Paraná. Antes de atuar no Ministério da Justiça, Giselly trabalhou no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e no Tribunal Superior Eleitoral.
A jornalista é esposa do repórter Vladimir Neto, autor do livro ‘Lava Jato — O juiz Sérgio Moro e os bastidores da operação que abalou o Brasil’. As informações da publicação foram utilizadas em episódios da série O Mecanismo, da Netflix. O Ministério da Justiça não havia se manifestado sobre a saída da jornalista até a última atualização desta matéria. As informações são do Estadão e do Correio Braziliense.