Moa do Katendê, Mãe Stella de Oxóssi, Zumbi e Dandara dos Palmares, Lélia Gonzalez e tantos outros nomes da luta do povo negro no Brasil foram lembrados pelo vereador de Salvador, Luiz Carlos Suíca (PT), nesta quarta-feira (20), ao celebrar o Dia Nacional da Consciência Negra. O edil petista defende mais políticas públicas de inclusão e reparação na Bahia. Suíca destaca que Salvador é a cidade mais negra fora do continente africano e quer maior envolvimento das frentes e dos movimentos que lutam por igualdade e contra racismo e intolerância religiosa. “Precisamos defender os nossos. Sempre vou dizer isso. O 20 de Novembro é uma data revolucionária, é um momento de lembrar de todos que tombaram lutando para chegarmos onde estamos agora”, declara Suíca.
Para o vereador, o povo negro luta atualmente por mais ações e contra inúmeros casos de retrocessos de direitos – conquistados durante anos de batalha. O governo de Bolsonaro também foi alvo de críticas. Segundo Suíca, “Bolsonaro demonstra o descaso com o povo afrodescendente e de religiões de matriz africana”. Ele informa que atualmente os negros representam 55,8% da população brasileira e 54,9% da força de trabalho. “A informalidade também atinge mais o povo negro. Enquanto 34,6% de pessoas brancas se encontram em condições informais de trabalho, a informalidade atinge 47,3% de pretos e pardos no país”, completa. O edil diz também que “Bolsonaro seguiu os mesmos parâmetros de Michel Temer [MDB], que estagnou os investimentos, cortou ministérios e secretarias especiais, e fragilizou a sociedade em diferentes áreas como saúde e educação”.
Suíca reforça que “os maiores afetados sempre são os negros e negras. Mas vamos resistir, e lutar para colocar Lula como presidente para a República ter um governo popular de novo”. O vereador lamenta ainda o nível de intolerância em relação às religiões de matriz africanas e o desrespeito que as políticas públicas são tratadas no Brasil. O petista volta a cobrar mais políticas públicas de reconhecimento, memória do povo negro e de acesso à educação. “Foram as políticas implantadas pelos governos petistas que resultaram na inédita proporção de pessoas pretas ou pardas [que compõem a população negra] cursando o ensino superior em instituições públicas brasileiras. Esse percentual chegou a 50,3% em 2018”, finaliza.