O publicitário Renato Lobão, 35 anos, baiano de Salvador, tocava a vida como publicitário do marketing político até 2014, quando atuou na vitoriosa campanha de Flávio Dino, governador do Maranhão, reeleito ano passado. Com laços familiares na Chapada Diamantina, largou tudo para fincar pé em Mucugê, segundo ele, por ser uma cidade turística.
Quando chegou em Mucugê, a mulher o escalou para preparar os pratos com os quais recepcionaria alguns amigos, justo ele, que nunca havia pisado numa cozinha. “Fiz um polpetone que caiu e, quando bateu no chão, achatou. Nasceu um prato. Comecei a cozinhar e parecia que eu já sabia fazer”, disse à coluna de Levi Vasconcelos, no jornal A Tarde.
Renato tomou gosto e abriu uma pequena hamburgueria. As invenções foram fluindo, como o shot de banana-da-terra, cebola doce na cachaça, geleia de tomate no hambúrguer de cordeiro. Sucesso. Foi chamado por Claude Troisgros, da Globo, andou pelo Rio de Janeiro, não gostou, voltou, fundou o restaurante Sertãozinho e lá inventou o catchup de morango. Heitor Marback, diretor de negócios do Sebrae, viu, gostou e quis saber da receita. “Não tinha, era tudo intuitivo”, disse o publicitário.
A marca está registrada no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi), com a Arisco e a Palmeron de olho. Mas Renato faz uma exigência. “O morango do catchup tem que ser orgânico. Não quero ficar rico. E sim estimular as boas práticas”, afirmou. Ele diz que o foco principal é estimular a agricultura familiar na linha orgânica, numa política de inclusão dos jovens. E até pensa na exportação do produto. “Vamos em frente. Fiquei refém da minha afeição pelo sentimento de satisfação”, finalizou. Jornal da Chapada com as informações da Coluna de Levi Vasconcelos.
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